Jornal de Angola

Testes revelam existência de nove casos reactivos

O director do Gabinete Provincial da Saúde, João Miguel Paulo, disse que, das mil doses que a província recebeu, foram realizados 200 testes rápidos aos membros do governo, dos órgãos de defesa e segurança e aos jornalista­s de diversos órgãos de comunicaç

- Fernando Neto | Nzeto Kayila Silvina | Mbanza Kongo

Nove casos reactivos à Covid-19 foram detectados durante a realização dos testes rápidos em Mbanza Kongo, província do Zaire, revelou, sexta-feira, o director do Gabinete Provincial da Saúde.

João Miguel Paulo, que falava à margem da visita surpresa que o governador do Zaire, Pedro Makita, efectuou ao posto policial do Uezo, na fronteira com a província do Bengo, disse que, das mil doses que a província recebeu, foram realizados 200 testes rápidos aos membros do governo, dos órgãos de defesa e segurança e de jornalista­s de diversos órgãos de comunicaçã­o social em Mbanza Kongo.

“As amostras dos nove casos reactivos foram enviadas para Luanda para a realização dos testes de Biologia Molecular, para a confirmaçã­o final”, avançou, acrescenta­ndo que, por enquanto, os casos suspeitos não serão colocados em quarentena institucio­nal.

“Não vamos colocar, por enquanto, nem os indivíduos suspeitos em quarentena institucio­nal, nem os seus bairros em regime de cerca sanitária, apenas, depois dos testes de Biologia Molecular, tomaremos as medidas necessária­s”, salientou.

Em relação a testagem dos camionista­s que diariament­e circulam entre as províncias de Luanda e Zaire, passando pelo Bengo, João Miguel Paulo referiu que apenas receberam mil testes rápidos, um número muito ínfimo para atender cerca de 600 mil habitantes da província.

“Recebemos mil testes para uma população estimada em 600 mil habitantes.

Dos 800 testes restantes, a prioridade recai aos nossos concidadão­s angolanos que estão na República Democrátic­a do Congo (RDC), num total de 377 pessoas, que vão regressar ao país e que, devido à circulação comunitári­a do vírus naquele país, devem ser testados pelo menos três vezes”, disse, acrescenta­ndo que, depois desse grupo, serão testados os cidadãos que violam a cerca sanitária de Luanda, onde já há também circulação comunitári­a do novo coronavíru­s.

O governador do Zaire, que foi o primeiro a ser testado, também mostrou-se preocupado com a quantidade de testes rápidos disponívei­s para a província. A declaração da circulação comunitári­a do vírus em Luanda, acrescento­u, obriga testagem de toda a população da província do Zaire. “Toda a população deve ser testada e, se o resultado for negativo, deve reforçar as medidas de biossegura­nça. Por isso, exortamos o uso correcto de máscara, a lavagem constante das mãos ou desinfecta­r com álcool em gel, bem como denunciar todos os cidadãos que violam a cerca sanitária nacional”, apelou.

Pedro Makita exortou os cidadãos a cumprirem com as orientaçõe­s da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), do Ministério da Saúde e das autoridade­s sanitárias locais, tendo em conta a exiguidade de testes recebidos.

“Estamos preocupado­s com o elevado número de casos positivos da Covid-19 na República Democrátic­a do Congo. Por isso, a província do Zaire deve continuar a reforçar o controlo e a fiscalizaç­ão dos 330 quilómetro­s de fronteira com aquele país”, disse.

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GARCIA MAYATOKO | EDIÇÕES NOVEMBRO | NZETO

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