Jamba Mineira aperta o cerco às pessoas vindas de zonas de risco
O administrador municipal da Jamba Mineira, Abel Wandy André, disse que 11 alertas foram investigadas, sendo dois casos suspeitos resultaram em quarentena e foram rastreadas, até ontem, 29.025 pessoas, das quais 13.582 homens, 10.779 mulheres e 4.664 cria
O município da Jamba Mineira, a 315 quilómetros a leste da cidade do Lubango, na Huíla, tem estado a apertar o cerco aos cidadãos provenientes de outras províncias, para evitar a propagação da pandemia da Covid-19.
O administrador municipal disse que, até ontem, as equipas satélites, criadas no âmbito da prevenção e combate à Covid-19, haviam inquirido 2.350 pessoas provenientes de outras províncias do país.
Abel Wandy André, que falava durante a visita do governador provincial da Huíla, Luís Nunes, disse que, deste número, 1.610 pessoas foram inquiridas no Hospital Municipal, 276 no Centro Materno-Infantil e 464 no Centro de Saúde da comuna do Dongo.
“O objectivo é controlar todo cidadão proveniente de uma zona com casos positivos da Covid-19”, justificou, acrescentando que foram investigadas 11 alertas, sendo dois casos suspeitos, que resultaram numa quarentena domiciliar, e foram rastreadas, até ontem, 29.025 pessoas, das quais 13.582 homens, 10.779 mulheres e 4.664 crianças.
Entre os inquiridos, referiu, estão cidadãos que furaram a cera sanitária de Luanda, passando pelo município de Chicomba. “Todo cidadão proveniente de uma zona com casos positivos da Covid19 deve cumprir a quarentena institucional ou domiciliar, com ou sem sintomas, por um período de 14 dias”, disse, acrescentando que, durante esse período, se apresentar algum sintoma, é submetido ao teste da Covid-19.
Cumprida a quarentena institucional, disse, os cidadãos que violam as cercas sanitárias ficam sob custódia da Polícia Nacional. “Já os cidadãos autorizados pela Comissão Multissectorial de Resposta à Pandemia devem apresentar o comprovativo do resultado do teste da Covid-19, emitido pelo Instituto Nacional de Investigação em Saúde”, frisou.
O município, indicou, no âmbito das medidas de biossegurança, adquiriu 17.500 luvas, 6.420 máscaras cirúrgicas e 516 máscaras FF P3. Estão ainda disponíveis, segundo o responsável, 210 máscaras artesanais, 176 botas descartáveis, 118 fatos macacão, 100 máscaras N-95, 75 óculos de protecção, 56 botas de borracha, 50 viseiras e botas cirúrgicas descartáveis.
Abel Wandy André informou que estão também disponíveis 100 tocas, quantidades elevadas de sabão azul, lixívia concentrada, comprimidos desinfectantes, álcool em gel e álcool etílico.
O administrador referiu ainda a existência de 96 baldes com torneiras, 30 bidons de 20 litros e 12 termómetros. Acrescentou que foram ainda adquiridas sete urnas descartáveis, um gerador de 20 kva, reservatórios de água de 500 litros, quatro tendas médias.
Esclareceu que, no âmbito da prevenção à pandemia, a Administração Municipal efectuou despesas que permitiram adquirir dois geradores, quatro tendas para acomodação dos técnicos de saúde e órgãos de defesa e segurança nos postos de rastreio, bem como de alimentos diversos para os técnicos de saúde em serviço e para pessoas vulneráveis.
Anunciou que foram encerrados dez mercados informais, um situado no largo 1º de Maio, Lukunga A, Operário, na sede municipal, Tchamutete, Matoti A, Luken, Mupopo, Mutchiapulo, na comuna de Cassinga, Terra Nova, Kapali e Kalilila, na comuna do Dongo.
Garantiu que no município foi feita a sinalização para o distanciamento nas agências bancárias, moagens e outros estabelecimentos comerciais.
Mais de 1.035 pessoas carenciadas, das 1.552 controladas a nível do município, beneficiaram de diversos produtos da cesta básica. Abel Wandy André informou que 36 técnicos de saúde beneficiaram de uma formação sobre o manuseamento de casos, no âmbito da Covid-19, sendo 24 na sede do município, sete na comuna do Dongo e cinco na comuna de Cassinga.