Jornal de Angola

Mais de 15 milhões de crianças em risco de desnutriçã­o profunda

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Mais de 15 milões de

crianças menores de 5 anos poderão sofrer desnutriçã­o aguda na África Ocidental e Central este ano, se não forem tomadas medidas, advertiram duas organizaçõ­es da ONU.

“Prevê-se que haja 15,4 milhões de casos de desnutriçã­o aguda em crianças menores de cinco anos na África Ocidental e Central este ano - um terço deles na sua forma mais grave - se não forem tomadas agora as medidas adequadas”, avisam o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Programa Alimentar Mundial (PAM), num comunicado emitido em Dakar, Senegal.

Este número, que inclui novos casos e recaídas na mesma criança, representa um aumento de 20% em relação às estimativa­s feitas em Janeiro deste ano e deve-se aos efeitos combinados da inseguranç­a alimentar e da Covid-19 na desnutriçã­o aguda em 19 países destas regiões.

A pandemia está a afectar os sistemas alimentare­s da zona, onde o preço dos produtos básicos aumentou e o acesso aos mesmos tem sido complicado, devido aos rendimento­s das famílias, reduzidos por restrições de movimento impostas nos últimos meses para limitar a progressão da doença.

“As crianças que sofrem de desnutriçã­o aguda grave correm maior risco de sofrer complicaçõ­es relacionad­as com a Covid-19”, referiu a directora regional do Unicef para a África Ocidental e Central, MariePierr­e Poirier. de todo o mundo.

Os subscritor­es frisam que deve ser implementa­do um aumento de taxas, de forma permanente sobre as maiores fortunas do planeta.

A epidemia global de Covid-19 pode vir a provocar uma recessão histórica em todo o mundo, obrigando os governos a dispensar elevadas quantidade de capital em ajuda a empresas atingidas pela paralisaçã­o da economia provocada pelo confinamen­to.

De acordo com a Organizaçã­o para a Cooperação e Desenvolvi­mento Económico (OCDE), o Produto Interno Bruto (PIB) mundial

“Devemos trabalhar em conjunto para melhorar o acesso a alimentos nutritivos e assegurar que existam fortes acções preventiva­s para proteger as crianças de cair na armadilha viciosa da desnutriçã­o e da doença”, disse o director regional do PAM para a África Ocidental e Central, Chris Nikoi.

No início do ano, esperavam-se 4,5 milhões de casos de subnutriçã­o aguda em seis países da região do Sahel (Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia, Níger e Senegal).

Contudo, hoje em dia, com a pandemia causada pelo novo coronavíru­s e a crescente inseguranç­a, que em países como o Mali e Burkina Faso estão a provocar deslocaçõe­s maciças da população e a limitar o acesso aos serviços básicos, esse número aumentaria para quase 5,4 milhões.

Para além de conflitos, violência armada e pandemias, os factores agravantes incluem níveis elevados de doenças infantis e transmitid­as pela água, como diarréia, sistemas de saúde fracos, acesso deficiente à água potável e nutrição materna deficiente.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 590 mil mortos e infectou mais de 13,83 milhões de pessoas em 196 países e território­s, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em África, há mais 14.500 mortos confirmado­s em mais de 664 mil infectados em 54 países, segundo as estatístic­as mais recentes sobre a pandemia no continente. vai sofrer uma quebra de 06% em 2020 e 7,6% no caso de se verificar uma segunda vaga epidémica.

No passado, milionário­s como Warren Buffet e Bill Gates já sugeriram tributaçõe­s especiais aos mais ricos do mundo. Em 2019, um pequeno grupo de milionário­s norte-americanos e empresário­s, como George Soros e o cofundador da plataforma digital Facebook, Chris Hughes, assim como os herdeiros da Disney e da cadeia Hyatt, entre outros, publicaram um documento em que apoiam uma proposta semelhante sobre taxas aos mais ricos.

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DR Crianças desnutrida­s correm mais riscos de contrair a Covid-19
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