“Ensino à distância pode agravar desigualdades”
A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, afirmou que o ensino à distância com recurso às novas tecnologias pode agravar as desigualdades educacionais.
Questionada sobre a situação das aulas, suspensas devido ao aumento de casos da Covid19, aquando da discussão, na Especialidade, da Proposta de Lei de Revisão do OGE de 2020, Maria do Rosário Sambo disse que enquanto durar a pandemia, as instituições estão livres para poderem realizar defesas de trabalho de fim de curso, defesas de dissertações de mestrado, bem como trabalhos de investigação.
Quanto ao ensino à distância, a ministra apelou à prudência. O ensino à distância, sublinhou, deve estar regulamentado e ser um complemento ao ensino presencial. “Angola não tem condições para, exclusivamente, com o ensino à distância, conseguir validar o ano lectivo, sob pena de agravarmos ainda mais as desigualdades que existem, porque o acesso à Internet e aos meios é muito desigual. Por outro lado, é difícil aferir a qualidade das aprendizagens”, declarou Maria do Rosário Sambo,citadanosítiodaAssembleiaNacionalnaInternet.Sobre o mesmo assunto, a ministra da Educação, Luísa Grilo, disse que o Executivo está a trabalhar para o reinício das aulas, tão logo as condições epidemiológicas o permitam, admitindo a possibilidade do processo ocorrer de forma gradual. Luísa Grilo realçou as parcerias que o Ministério da Educação tem com outros ministérios.Destacou,igualmente, algumas rubricas inscritas no OGE, como o programa de alfabetização,cujasverbasalocadas admitiu não serem muitas, mas as necessárias para pagar tanto os alfabetizadores, quanto os mteriais de alfabetização. O programa de equidade de género, transversal ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, foi, igualmente, destacado por Luísa Grilo, que afirmou ser esta uma das grandes preocupações do Ministério.
Sector da Saúde
Ao falar sobre o estado actual do sector, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, informou que o incremento da dotação orçamental se deve à estratégia de combate à Covid-19.
Entre os vários esforços envidados para mitigar a pandemia, a ministra destacou o aumento, em Luanda, de laboratórios que prestam serviços de testagem para a Covid-19. Anunciou a instalação, em breve, de laboratórios em outras províncias, nomeadamente Uíge, LundaNorte e Huambo.
Apoio aos mais carentes
A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Inglês Alves, falou sobre o andamento de alguns projectos de apoio às famílias carenciadas.
A ministra indicou que o MASFAMU assistiu, até agora, duas mil famílias, com cestas básicas. Inclui, também, apoio psicológico, com ajuda de psicólogos gerais e clínicos, assistentes sociais e voluntários. Faustina Inglês Alves explicou que devido ao tempo em que a pandemia perdura, associado à carência de alguns produtos, o projecto de distribuição de cestas básicas foi redimensionado e reestruturado, obrigando a redução dos produtos da cesta.
A apreciação do Relatório Parecer conjunto da Proposta de Lei de Revisão do OGE, a nível das Comissões de Especialidade, acontece na sextafeira. A votação final global está prevista para o dia 28.