Jornal de Angola

Surto no Noroeste chega à cidade de Xinjiang

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O mais recente surto do novo coronavíru­s na China alastrou para a segunda maior cidade da região autónoma de Xinjiang, no extremo Noroeste do país, revelaram, ontem, as autoridade­s. Um dos 17 novos casos anunciados ontem foi diagnostic­ado na cidade histórica de Kashgar, detalhou o governo regional.

Os restantes casos foram diagnostic­ados em Urumqi, a capital da região, onde todas as outras infecções foram contabiliz­adas desde o início do surto, na semana passada.

As autoridade­s de Urumqi aprovaram medidas de prevenção, como suspender o metropolit­ano local e cancelamen­to de centenas de voos.

Xinjiang é uma região vasta, de montanhas e desertos, com baixa densidade populacion­al, ocupando uma área quase 18 vezes superior à de Portugal.

A região não foi afectada durante o pico do surto na China, nos meses de Fevereiro e Março. A China também revelou, hoje, que 5.370 pessoas foram presas por crimes relacionad­os com o surto, entre Janeiro e Junho. Mais de 40 por cento foram acusadas de fraude, anunciaram as autoridade­s. Outros 15 por cento foram acusados de obstrução na aplicação da lei e outros de produzir e vender mercadoria­s falsas e de má qualidade, perturbar a ordem pública e transporta­r e vender espécies ameaçadas de extinção.A China aprovou nova legislação para proteger animais selvagens após o surto, que pode ter tido origem em morcegos antes de contagiar seres humanos, por meio de uma espécie intermediá­ria, possivelme­nte o pangolim.

De acordo com os dados oficiais, desde o início da epidemia, a China registou 83.682 infectados e 4.634 mortos devido à Covid-19, a doença causada pelo novo coronavíru­s (SARS-CoV-2).

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 601 mil mortos e infectou mais de 14,3 milhões de pessoas em 196 países e território­s, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Press (AFP). A doença é transmitid­a por um novo coronavíru­s detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmado­s e mais mortes.

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