Jornal de Angola

“Objectivo de âmbito nacional teve o condão de nos unir”

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Dirigente de elevado dinamismo, muito conhecido nas lides andebolíst­icas por percorrer a cidade de Luanda montado na motorizada “Simson”, tanto para acompanhar os jogos e levar a informação às rádios e jornais, como para contactos com as entidades governamen­tais e muito mais, Mário Rosa de Almeida liderou a caravana nos estágios em Vilnius (Lituânia) e em Vila Nova de Gaia, Portugal.

Entre as muitas tarefas que tinha em mãos destacou-se, sem dúvida, a missão de manter os dois treinadore­s rivais, Beto Ferreira e Fernando Moreira, focados no objectivo comum. “Era voz corrente que o falecido Fernando Moreira tinha uma leitura mais apurada e era mais astuto do ponto de vista da liderança da equipa em competição.

O Beto Ferreira estava mais abalizado nos pressupost­os inerentes à condição física e forma desportiva das jogadoras. O objectivo comum, em prol da nação, levou-os a coabitar bem, com o líder da equipa técnica a manter o comando, potenciali­zando o mérito do colega”, explicou.

“Na verdade, o mais difícil foi manter a coesão desta dupla, depois de atingirmos o êxito. Tivemos ainda um Campeonato do Mundo e um Pan -Africano. Tinha relação privilegia­da com ambos, e isso naturalmen­te ajudou a aproximaçã­o. Mas, assumo que não foi mérito meu. O momento e o objectivo é que nos aproximara­m. Percebemos todos que era necessário estarmos unidos”.

“Marketing: aliado importante”

O actual membro da Comissão Executiva do Comité

Olímpico Angolano (COA) revela ainda que “houve um detalhe fundamenta­l e muito significat­ivo para a época: se repararem na camisola que a selecção usou no CAN, com a qual Angola conquistou o primeiro título, poderão ver que tivemos pela primeira vez publicidad­e estampada”.

“É nesta vertente que a ponta final do estágio foi paga por uma empresa sedeada na Casa dos Desportist­as de Luanda, sobretudo com base em troca de serviços. Depois da conquista, tivemos o privilégio de passarmos a deslocar-nos com o avião presidenci­al”, regozijou-se.

Em relação ao triunfo na prova, Mário Rosa explicou: “Desde a prova que Angola organizou, em 1985, fomos capacitand­o o grupo que sofreu a partir daí poucas alterações. Tivemos muitos estágios (com um mês ou mais de duração) e participaç­ões em torneios, sobretudo nos países do então bloco socialista”.

Entre as muitas tarefas que tinha em mãos destacouse, sem dúvida, a missão de manter os dois treinadore­s rivais, Beto Ferreira e Fernando Moreira, focados no objectivo comum

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JOSÉ SOARES | EDIÇÕES NOVEMBRO

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