Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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As autoridade­s tradiciona­is e a Covid-19

Penso que as nossas autoridade­s tradiciona­is devem desempenha­r um papel mais activo nas campanhas de prevenção da Covcid-19. As mensagens das autoridade­s tradiciona­is nas respectiva­s comunidade­s podem contribuir imenso para que as pessoas cumpram com as recomendaç­ões que são emitidas pelas autoridade­s sanitárias. Muita gente é de opinião de que a mensagem de um soba, por exemplo, é poderosa, porque capaz de convencer as pessoas a agir neste ou aquele sentido. Que as autoridade­s tradiciona­is recebam a preparação necessária para poderem fazer trabalho de sensibiliz­ação junto das suas comunidade­s, nestes tempos de pandemia de Covid-19. Sabese que muitos problemas que ocorrem nas diferentes comunidade­s do país, em particular das zonas rurais, são resolvidos por sobas e por outras autoridade­s tradiciona­is. Que se aproveite, neste momento que temos de enfrentar uma pandemia mortífera, por via também da educação e sensibiliz­ação, a capacidade de persuasão dos sobas e de outras entidades tradiciona­is, a fim de evitarmos o aumento de casos de contaminaç­ão com a covid-19 no país. ZEFERINA ALBERTO Samba

Despedimen­tos nas empresas

Estão muitas empresas provadas a despedir trabalhado­res, entre os quais figuram muitos jovens. Quando as empresas despedem pessoa isso significa que não têm mais condições em termos de tesouraria para honrar os seus compromiss­os, como por exemplo pagar salários. Eu já estive desemprega­do por muito tempo e sei o que isso significa para as vidas das famílias. Conheço lares de casais desemprega­dos que se desestrutu­raram e que nunca mais voltarem a ter estabilida­de. O Estado deve prestar muita atenção a este fenómeno de desemprego e agir com celeridade e eficiência para salvar empresas que foram à falência. tem se dito no nosso país que deve ser o sector privado a gerar empregos, Enfrentamo­s uma situação excepciona­l, em que o Estado tem de intervir mais na economia. Ninguém no mundo contava com a pandemia de Covid-19. Tanto é assim que vários países estão a pedir o alivio da divida externa ou, num quadro multilater­al, a ver se conseguem financiame­ntos para os seus planos de recuperaçã­o económica, como é o caso da União Europeia. As crises económica e sanitária que vivemos exigem dos governante­s muita imaginação, para resolverem ao mesmo tempo vários problemas. Não vai ser fácil a tarefa dos governos enquanto durar estas crises, mas ninguém pode ficar de braços cruzados perante os problemas económicos e sociais que a pandemia está a provocar.

São tempos de muito trabalho no país e de muita entrega a tarefas que se destinam a salvar vidas humanas e a criar condições para que as pessoas não sofram demasiado com os efeitos de uma crise que afecta vários povos do mundo. Nós,os angolanos, temos de enfremtar mais este desafio. ARMÉNIO AUGUSTO Talatona

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