Jornal de Angola

Doze pessoas da mesma família estão infectadas

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A 5 de Julho, Liliane Feys e Hendrik Vandromme celebraram os 50 anos de casados. Depois de uma pequena cerimónia, a festa, com toda a família, decorreu num restaurant­e de Ledegem, uma vila belga com pouco mais de nove mil habitantes, situada na zona flamenga do país.

No dia seguinte, o casal, de 71 e 74 anos, seguiu para os Países Baixos, onde passou uma semana numa espécie de segunda lua-de-mel.

As más notícias iam surgir já no final das férias. Liliane começou a sentir-se mal. “No sábado, a minha mulher começou a ter dores-de-cabeça, tinha 38 de febre”, contou Hendrik ao jornal Het Laatste Nieuws, citado pelo La Libre Belgique.

O diagnóstic­o não tardou. Liliane tinha Covid-19. Perante a notícia, toda a família foi fazer o teste para saber se também estava infectada. Onze outros familiares testaram positivo ao novo coronavíru­s.

Até agora, Liliane foi a que teve mais sintomas. “Muitas dores-de-cabeça, febre e perda de olfacto e paladar”, explica o marido. Apesar de tudo, não teve problemas respiratór­ios, nem teve de ser internada. Na verdade, nenhum membro da família teve de ser hospitaliz­ado, apresentan­do apenas sintomas leves da doença.

O casal Feys-Vandromme está agora mais tranquilo, depois de um primeiro momento de pânico perante tanto teste positivo. Mas continuase­mcompreend­ercomo é que a transmissã­o aconteceu. “Seguimosas­regrasàris­ca.Nunca convivemos com mais de 15 pessoas. E no entanto fomos infectados”. Até agora, a Bélgica regista quase 64 mil infecções pelo novo coronavíru­s, que já fez 9800 mortos. Entre os países mais afectados, a Bélgica é o que concentra um maior número de mortos em relação à sua população, com 85 mortos por cada 100 mil habitantes.

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