O sonho de uma sede própria
A luta por uma sede própria é outra das prioridades do grupo, vencedor de duas edições do Carnaval de Luanda, na classe A, que actualmente tem estado sediado num local provisório, cedido por um dos integrantes.
“Queremos um local onde poderemos erguer uma sede de raiz, uma luta de anos. Já levamos a proposta à apreciação dos parceiros e de instituições do Estado, mas infelizmente não fomos bem sucedidos”, lamentou.
O programa “Diversidade”, contou, vai ajudar a materializar alguns dos projectos idealizados há anos, em especial os ligados a valorização dos jovens do grupo. “Actualmente vive-se momentos difíceis. Porém, a falta de apoios, da parte dos empresários locais, está a criar muito constrangimentos à juventude, que também precisa sustentar famílias”, disse.
O União Recreativo Kilamba, informou Poli Rocha, pretende, também, dar maior atenção às “populações mais vulneráveis”, vítimas de discriminação, em função do género ou mesmo da opção sexual.
Histórico
Fundado a 27 de Julho de 2015, o União Recreativo Kilamba tem como comandante Poli Rocha. Entre os meses de Dezembro e Janeiro, os membros têm feito uma experiência de Carnaval de rua, como forma de resgatar uma prática “esquecida com o passar dos anos”. Geralmente, o grupo desfila em zonas como o Nelito Soares, Avenida Brasil e Rangel.
O cantor e compositor Dom Caetano é um dos artistas que têm “apadrinhado” o grupo, no campo da música. Ao longo dos desfiles, o grupo tem procurado mostrar a diversidade de estilos que existem no Carnaval de Luanda, especialmente os que tendem a desaparecer.