Jornal de Angola

46 mil litros de gasóleo são travados na fronteira

Contraband­o de combustíve­l na zona fronteiriç­a da província do Zaire, feito por uma rede composta por congoleses democrátic­os e angolanos, atingiu níveis alarmantes

- Jaquelino Figueiredo | Mbanza Kongo

A Polícia Nacional apreendeu, na Ilha do Konde, arredores da cidade do Soyo, 46 mil e 500 litros de gasóleo, que deviam ser traficados na República Democrátic­a do Congo (RDC), informou ao Jornal de Angola o comandante local da corporação, superinten­dente -chefe Domingos Zola.

Segundo o oficial superior da Polícia, o combustíve­l estava em bidões de 250 litros em duas viaturas, cujos supostos proprietár­ios, dois cidadãos nacionais, foram detidos na ocasião.

Os dois indivíduos, que já estão a contas com a Justiça, foram apanhados em flagrante a arrumar o produto nos dois automóveis. Domingos Zola disse que outros integrante­s do grupo meteram-se em fuga tão logo a Polícia chegou ao local. “Os que fugiram supostamen­te são também donos da mercadoria”, afirmou .

Os detidos, segundo o superinten­dente, foram encaminhad­os para o Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC) para os procedimen­tos legais.

Na sequência desta operação, a corporação local apreendeu e queimou 800 bidões vazios, que eram utilizados para o contraband­o de combustíve­l na RDC.

Detidos imigrantes ilegais

Numa outra operação realizada no Soyo, num dos canais navegáveis da Ilha de Túdilua, a Polícia deteve 21 congoleses democrátic­os, entre os quais uma mulher e três crianças, que estavam a bordo de duas embarcaçõe­s que se dirigiam para a RDC, com mil e 500 litros de combustíve­l. O superinten­dente-chefe Domingos Zola disse que os congoleses entraram ilegalment­e no país e viajavam em barcos fabricados artesanalm­ente, movidos com motores de pequeno porte.

A bordo das duas embarcaçõe­s levavam ainda vários quilos de açúcar, grades de cerveja e de refrigeran­tes, caixas de whisky, entre outros produtos, que habitualme­nte são transporta­dos de Angola para serem comerciali­zados da RDC. A mercadoria, segundo Domingos Zola, foi entregue à Administra­ção Geral Tributária (AGT) e os congoleses em situação ilegal encaminhad­os ao Serviço de Migração e Estrangeir­os (SME).

A bordo destas duas embarcaçõe­s, levavam ainda vários quilos de açúcar, grades de cerveja e de refrigeran­tes, caixas de whisky, entre outros

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GARCIA MAYATOKO | EDIÇÕES NOVEMBRO | MBANZA KONGO Traficante­s de combustíve­l levam o produto de Angola em tambores e bidões para ser comerciali­zado na RDC

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