Especialista aconselha reforço das medidas
O médico infectologista Joaquim Isaac aconselhou ontem os órgãos de Comunicação Social no sentido de reforçarem as medidas de biossegurança, com realce para a higienização dos equipamentos de trabalho, para evitar possíveis contágios da Covid-19.
Segundo o especialista, durante uma palestra sobre “Medidas de prevenção e uso de material de biossegurança da Covid-19”, dirigida aos profissionais de Comunicação Social, é importante que se criem condições de higiene necessárias no sentido de se evitar que os jornalistas venham a ser infectados, por serem profissionais expostos.
O também director do Hospital Sanatório da província do Huambo disse que o uso correcto da máscara de protecção facial reputase indispensável, além da higienização das mãos com álcool em gel ou lavá-las, de forma regular, com água e sabão, respeitar as regras do distanciamento social, entre outras medidas.
Por este facto, instou as direcções dos órgãos de Comunicação Social a colocarem à disposição dos profissionais equipamentos de biossegurança, para higienização, de forma permanente, dos instrumentos de trabalho: caças palavras, máquinas fotográficas, microfones, câmaras de filmagens, tabletes, computadores e outros.
Para uma melhor prevenção individual, Joaquim Isaac disse ainda ser fundamental que se evite o uso de adornos como relógios, anéis, brincos, cabelos compridos, entre outros, ao passo que naqueles casos em que a utilização é indispensável (óculos, telemóveis e esferográficas), deve-se higienizá-los permanentemente. Referiu igualmente que, no âmbito das medidas de prevenção e combate à gripe por coronavírus (Covid-19), todas as medidas são necessárias, mas as mais importantes têm a ver com o distanciamento social (físico) e a lavagem frequente das mãos.
Lembrou tratar-se de um vírus de rápido contágio, que não se propaga para mais de dois metros de distância, desde que não haja aparelho de ar condicionado ligado, além de ser de fácil destruição com álcool em gel ou com sabão azul.
O coordenador do núcleo de acção social dos jornalistas no Huambo, Júlio da Costa Vilinga, disse que o evento foi promovido pelo facto de os profissionais de Comunicação Social estarem incluídos no grupo de risco, tendo em conta a complexidade da profissão. Uma fonte do Gabinete da Saúde na província do Huambo confirmou, na ocasião, que a província do Huambo, com 2.519.309 habitantes, distribuídos em 11 municípios, tem 14 casos reactivos da Covid19, resultantes dos testes rápidos que estão a ser realizados aos profissionais de várias áreas, incluindo jornalistas.
A região conta com um Sistema de Saúde composto por 249 unidades sanitárias, num universo de 2.126 camas em diversas enfermarias e 14 na Unidade de Tratamentos Intensivos (UTI). A província tem 308 médicos, 3. 639 enfermeiros, 467 técnicos de diagnóstico e terapeuta, assim como 825 administrativos, além de outros profissionais indispensáveis para o normal funcionamento.