CARTAS DOS LEITORES
Jovens e a questão do distanciamento físico
Vivo em Viana. Ontem passei pelas ruas do meu bairro encontrei jovens agrupados sem distanciamento físico e com máscara no queixo. Muita gente ainda não acredita na pandemia mundial da Covid-19. Os números de pessoas infectadas e mortas são assustadores, mas, mesmo assim, há quem no país subestime a doença. O país já está quase a atingir os 1000 casos de pessoas infectadas pela Covid-19. A defesa das nossas vidas depende, neste tempo de pandemia, de nós mesmos. Muitos jovens não estão infelizmente preocupados com as consequências da pandemia. Umas usam as máscaras por receio da Polícia. Não devemos colocar apenas as máscaras quando o polícia aparece. Colocar a máscara correctamente no nosso rosto deve ser uma rotina, para nos protegermos e protegermos os outros que convivem connosco. Estão a morrer muitas centenas de pessoas diariamente em todo o mundo por causa da Covid-19, que criou desemprego e continua a paralisar muitos sectores da economia mundial.
Demente previne-se da Covid-19
Fiquei há dias impressionado com o que vi numa rua do Distrito Urbano do Zango, município de Viana, em Luanda. Na tarde de quintafeira última, quando ia para casa, vi um doente mental com uma máscara bem colocada. Perguntei a mim mesmo quem terá dito ao doente mental que vivemos tempos difíceis e que era necessário termos permanentemente as máscaras na via pública. De qualquer forma, o que ele fez é um bom exemplo de um cidadão que, mesmo estando com problemas mentais, não deixa de respeitar as recomendações das autoridades sanitárias, ao contrário de pessoas saudáveis que não querem saber de se prevenir da doença. A Covid-19 atinge toda gente e ainda bem que aquele compatriota, doente mental, se tenha apercebido disso. Hoje ele pode estar doente, mas amanhã, quando ficar melhor, pode dar a sua contribuição à reconstrução do país. Há pessoas no país que têm tido
ESCREVA-NOS Cartas recebidas na Rua Rainha Ginga, 12-26 Caixa Postal 1312 - Luanda
ou por e-mail: problemas com as autoridades na via pública por não andarem com as máscaras. Aconselho essas pessoas a acatarem as recomendações das autoridades sanitárias para não terem problemas com a Polícia.
A protecção da criança e a Covid-19
Escrevo para este espaço para abordar a questão da protecção da criança em tempo da Covid19. Vejo muitas crianças nas ruas de diferentes bairros de Luanda. Será que essas crianças não têm pais ou encarregados de educação? Fui informado de que há crianças que saem de casa para procurar comida para sustentar as suas famílias. Não posso aceitar que pais ou encarregados de educação estejam a mandar os filhos ou educandos à procura de alimentos. Que sejam eles, os adultos, a procurar comida para os seus filhos e educandos e não o contrário. As crianças devem ser protegidas pelos seus pais e encarregados de educação, em particular nestes tempos de pandemia.