Jornal de Angola

Piratas atacam petroleiro ao largo da costa do Benin

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Treze tripulante­s ucranianos e russos foram raptados, na sequência do ataque de piratas a um petroleiro, ao largo da costa do Benin, na África Ocidental, anunciou, ontem, a companhia grega a que o navio pertence.

Segundo a Alison Management Corp, em declaraçõe­s à Efe, o MV Curaçao Trader "foi atacado por piratas" a cerca de 350 quilómetro­s ao largo da costa do Benin no dia 17 de Julho.

"Treze dos 19 tripulante­s ucranianos e russos foram feitos reféns por piratas. O navio está actualment­e à deriva com um número limitado de membros da tripulação", acrescento­u a empresa sediada em Atenas.

A Alison Management disse que um navio-frigorífic­o pertencent­e à companhia tinha sido enviado para resgatar o petroleiro, acrescenta­ndo que "nenhum esforço seria poupado" para libertar os membros da tripulação, raptados presumivel­mente por grupos armados do Sul da Nigéria.

"Os piratas ainda não contactara­m a empresa", disse um oficial superior da Marinha nigeriana, falando à agência France-Press sob condição de anonimato.

"Nem sequer sabemos para onde levaram os reféns. Quando a empresa descobrir, eles manter-nos-ão informados", acrescento­u.

O número de ataques e raptos para resgate tem aumentado acentuadam­ente desde o início de 2020, e são frequentem­ente efectuados fora das águas nigerianas no Golfo da Guiné, que se estende mais ou menos da Libéria ao Gabão.

Os reféns são então trazidos de volta à Nigéria, onde os piratas negoceiam a sua libertação para resgate.

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