Edilson Júlio propõe auditoria na Federação
O ex-presidente da Associação Provincial de Judo de Luanda, Edilson Júlio “Mestre Cheno”, propõe a realização de uma auditoria (externa) na Federação Angolana da modalidade (Fajudo) para avaliar o património da instituição, depois da oficialização da destituição de Paulo Nzinga. O treinador da Academia do Rangel sustenta que a fiscalização dos actos administrativos são importantes para o bom funcionamento dos organismos.
O também promotor de eventos desportivos defende que a Comissão de Gestão liderada por Casimiro Bento deve fazer um diagnóstico real da instituição para aferir os caminhos do desenvolvimento.
“A Assembleia-Geral é um órgão soberano e as decisões aprovadas devem ser cumpridas. A Comissão de Gestão eleita por maioria absoluta foi incumbida de rever os processos, avaliar o património e fazer a auditoria na Federação para que o futuro gestor encontre a casa arrumada”, disse.
Mestre Cheno defende a união da classe para o relançamento da modalidade.
“Temos de nos unir em prol do judo para criarmos uma base de dados e um macro-projecto direccionado para alto rendimento”, sustentou. Para Cheno, a concretização do desiderato é possível, porquanto “a Comissão de Gestão (CG) é constituída por pessoas que auguram o crescimento da modalidade”. A título de exemplo, descreveu que “Casimiro Bento é uma pessoa competente, batalhadora e congrega os associados como um guerreiro da pátria”.
Edilson Júlio reconhece que “a Comissão não deve criar um projecto director para alavancar o judo, pois está limitada na criação de condições de realização de eleições livres e justas a fim de exterminar a nuvem negra que pairou sobre a modalidade”.
Questionado sobre a candidatura na Federação, deixou a promessa de se pronunciar “no momento certo”. Entre as possíveis apostas de um hipotético projecto, destacou “a capacitação de treinadores e de auxiliaresadministrativossobre a liderança, criação de grupo de consulta e de Centro de Treinamento de Alto Rendimento”.
Quanto à situação das academias de judo espalhadas por Luanda, assegura que “não estão ilegais, mas carecem de acompanhamento das instituições provinciais”. “Elas funcionam sob orientação de monitores com licença da Federação”, disse.