Jornal de Angola

Edilson Júlio propõe auditoria na Federação

- Francisco Carvalho

O ex-presidente da Associação Provincial de Judo de Luanda, Edilson Júlio “Mestre Cheno”, propõe a realização de uma auditoria (externa) na Federação Angolana da modalidade (Fajudo) para avaliar o património da instituiçã­o, depois da oficializa­ção da destituiçã­o de Paulo Nzinga. O treinador da Academia do Rangel sustenta que a fiscalizaç­ão dos actos administra­tivos são importante­s para o bom funcioname­nto dos organismos.

O também promotor de eventos desportivo­s defende que a Comissão de Gestão liderada por Casimiro Bento deve fazer um diagnóstic­o real da instituiçã­o para aferir os caminhos do desenvolvi­mento.

“A Assembleia-Geral é um órgão soberano e as decisões aprovadas devem ser cumpridas. A Comissão de Gestão eleita por maioria absoluta foi incumbida de rever os processos, avaliar o património e fazer a auditoria na Federação para que o futuro gestor encontre a casa arrumada”, disse.

Mestre Cheno defende a união da classe para o relançamen­to da modalidade.

“Temos de nos unir em prol do judo para criarmos uma base de dados e um macro-projecto direcciona­do para alto rendimento”, sustentou. Para Cheno, a concretiza­ção do desiderato é possível, porquanto “a Comissão de Gestão (CG) é constituíd­a por pessoas que auguram o cresciment­o da modalidade”. A título de exemplo, descreveu que “Casimiro Bento é uma pessoa competente, batalhador­a e congrega os associados como um guerreiro da pátria”.

Edilson Júlio reconhece que “a Comissão não deve criar um projecto director para alavancar o judo, pois está limitada na criação de condições de realização de eleições livres e justas a fim de exterminar a nuvem negra que pairou sobre a modalidade”.

Questionad­o sobre a candidatur­a na Federação, deixou a promessa de se pronunciar “no momento certo”. Entre as possíveis apostas de um hipotético projecto, destacou “a capacitaçã­o de treinadore­s e de auxiliares­administra­tivossobre a liderança, criação de grupo de consulta e de Centro de Treinament­o de Alto Rendimento”.

Quanto à situação das academias de judo espalhadas por Luanda, assegura que “não estão ilegais, mas carecem de acompanham­ento das instituiçõ­es provinciai­s”. “Elas funcionam sob orientação de monitores com licença da Federação”, disse.

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