África perde 3,9 milhões de hectares de florestas
O continente africano perde, todos os anos, 3,9 milhões de hectares de florestas, com todas as décadas, desde 1990, a serem piores que a anterior, alertou ontem o Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
De acordo com os dados divulgados, ontem, em Genebra, por este organismo das Nações Unidas, a desflorestação reduziu-se substancialmente nos últimos dez anos na América do Sul, apesar do aumento do corte ilegal de árvores para aumentar o solo destinado à agricultura intensiva.
“A taxa de floresta perdida baixou de forma importante na América do Sul em quase metade dos anos entre 2010 e 2020, comparado com o período entre 2000 e 2010”, lê-se no relatório ontem apresentado, que dá conta que esta região perde 2,6 milhões de hectares de bosques e florestas todos os anos.
O planeta tem uma área total de 4.060 milhões de hectares de florestas, representando 31 por cento da superfície terrestre, mais de metade das quais está em cinco países: Rússia (20 por cento), Brasil (12 por cento), Canadá (9 por cento), Estados Unidos (8 por cento) e China (5 por cento).
Desde 1990 perderam-se 178 milhões de hectares, o equivalente ao tamanho da Líbia, um dos maiores países africanos.
Citado pela agência espanhola Efe, o coordenador da avaliação feita pela FAO, Anssi Pekkarinen, defendeu a manutenção da atenção mundial sobre este tema: “Temos de nos manter atentos e preocupados com as florestas, porque se a redução continuar ao mesmo ritmo dos últimos 20 anos, isso significa que vai demorar outros 20 para suster esta prática”, alertou.