Governadora de Luanda inspecciona obras na Quiçama
A governadora de Luanda, Joana Lina, pediu, ontem, mais rapidez na execução dos projectos do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), durante uma visita ao município da Quiçama.
A governadora, que substituiu em Maio Luther Rescova e exerceu até então o mesmo cargo no Huambo, visitou vários pontos do município da Quiçama, um dos nove que integram a província de Luanda, para se inteirar do desenvolvimento das obras do PIIM, que arrancaram na comuna do Cabo Ledo com uma escola de 12 salas.
“Este programa é extremamente importante para nós e, desde o princípio deste mês, tentámos trabalhar com cada um dos municípios para saber o que estaria na base do atraso dos municípios da província de Luanda na implementação do PIIM”, disse, no final da visita de campo, que incluiu passagens por escolas em construção, uma unidade de saúde e um complexo habitacional.
Joana Lina saudou a administração local por ter conseguido ultrapassar alguns dos constrangimentos, tendo em conta que o município da Quiçama,
onde se situa o Parque Natural da Quiçama, um dos mais conhecidos de Angola, conta com 15 projectos no quadro do PIIM, mas nenhum, até 1 de Julho, estava em condições de sequer iniciar.
“Agora já é possível, porque os procedimentos concursais e outros já estão em andamento”, destacou.
“Temos de dar um bocado de gás e foi esse gás que permitiu agora que pudéssemos testemunhar o lançamento desta escola, que muita falta faz à comunidade”, acrescentou a governadora.
Entre as principais carências identificadas pela população e administração daquele território, a cerca de uma hora e meia da cidade de Luanda, estão a educação e a saúde, mas também o acesso a infraestruturas básicas de água e electricidade.
“Espero que com esta minha abordagem pública, o município da Quiçama não relaxe a pensar que saiu da zona amarela”, alertou a responsável, pedindo que se trabalhe “rapidamente” para finalizar todos os projectos que estão adstritos àquele município. Joana Lina justificou a ausência antes no município com o “momento complicado” que se vive devido à pandemia da Covid-19.
“Nós estamos a viver um momento complicado e é por esta razão que nos foi aconselhado a não fazer visitas muito longas, a não termos reuniões muito demoradas e não estar muito tempo no mesmo sítio, estamos com esta circulação comunitária que nos preocupa a todos e devemos travar a propagação da doença”, salientou a governadora.
A responsável insistiu na necessidade de levar ao conhecimento das comunidades o distanciamento social e os cuidados com a máscara, uma preocupação que deve ser de todos.
“Temos de nos habituar a algumas normas que fogem àquilo que é normal para os angolanos e aprender com a pandemia a viver de maneira diferente”, indicou.
Salientou, por outro lado, que não está “em condições de fazer promessas” e apelou a que as pessoas “aguardem e possam ver o que é possível fazer”, garantindo que a sua equipa “trabalha e vai fazer o seu melhor”.