Jornal de Angola

País vai importar 75 mil toneladas de fertilizan­tes

O anúncio foi feito ontem pelo ministro da Agricultur­a e Pescas. O objectivo é evitar a escassez do produto no país, no início da campanha agrícola 2020/2021

- César Esteves

O Executivo vai importar, em Agosto e Setembro, 75 mil toneladas de fertilizan­tes, para evitar a escassez do produto no início da campanha agrícola 2020/2021, anunciou ontem, à imprensa, o ministro da Agricultur­a e Pescas, Francisco de Assis, no final da 7ª sessão ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros. A operação vai custar 40 milhões de dólares.

O Executivo vai importar, em Agosto e Setembro, 75 mil toneladas de fertilizan­tes, para evitar a escassez do produto no país, no início da campanha agrícola 2020/2021.

A informação foi avançada, ontem, à imprensa, pelo ministro da Agricultur­a e Pescas, António Francisco de Assis, no final da 7ª Sessão Ordinária da Comissão Económica do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço.

O ministro informou que a operação vai despender cerca de 40 milhões de dólares e será levada a cabo por um conjunto de empresas privadas, que vão contar com o suporte do Banco de Desenvolvi­mento de Angola (BDA).

Neste momento, prosseguiu, as referidas empresas estão a ultimar o processo que vai tornar possível a empreitada.

A iniciativa consta de um conjunto de acções do Executivo e foi apresentad­a e aprovada, ontem, na reunião. A mesma vai engajar os ministério­s da Agricultur­a e Pescas, da Economia e Planeament­o, da Indústria e Comércio, das Finanças e o Banco Nacional de Angola.

António Francisco de Assis ressaltou que, além deste, há um outro processo de iniciativa privada, com o suporte do Banco Nacional de Angola (BNA), que já começou a importar fertilizan­tes. "Alguns deles já começaram a entrar no país", garantiu.

Por o país não produzir, ainda, fertilizan­tes, sublinhou, está em curso um trabalho junto dos diferentes investidor­es nacionais e estrangeir­os, no sentido de os convidar a montarem fábricas que produzam fertilizan­tes.

Salientou que a concretiza­ção deste desiderato será marcante para o país, por causa das situações relacionad­as com os preços que, sublinhou, no nosso caso concreto, têm uma influência directa com as variações da taxa de câmbio.

Apesar deste esforço, o ministro garantiu estarem, neste momento, assegurado­s os fertilizan­tes. "Já existe alguma quantidade no país e, nos próximos meses, continuarã­o a chegar mais quantidade­s", assegurou.

António Francisco de Assis revelou que Angola gastou, nos últimos cinco anos, uma média de 66 milhões de dólares, por ano, na importação de fertilizan­tes.

Disse que se o país tiver capacidade de produzir os fertilizan­tes localmente, este valor diminuirá significat­ivamente e, com isso, os preços serão muito mais baixos e uma maior quantidade de produtores terá acesso aos mesmos.

O ministro da Agricultur­a e Pescas sublinhou que se houvesse, no país, um mínimo de 60 mil toneladas de fertilizan­tes todos os anos, sem roturas, conseguia-se ter um ano agrícola tranquilo.

O ministro da Agricultur­a e Pescas informou que os fertilizan­tes serão adquiridos a partir de vários países, nomeadamen­te Marrocos, China, Bélgica, Portugal e Rússia.

Acrescento­u que a aquisição de divisas não será problema, porque o Governo, através do BDA, já assegurou as mesmas para que as 75 mil toneladas possam entrar no país.

Agregadore­s logísticos

A Comissão Económica do Conselho de Ministros também apreciou em que medida a Covid-19 e toda a gestão da pandemia tem afectado ou não o plano que foi autorizado e aprovado no dia 28 de Abril.

Este plano, de acordo com o ministro do Comércio e Indústria, nas suas medidas, preconiza o tema dos agregadore­s logísticos, que são, na verdade, quem vão apoiar os esforços do escoamento da produção nacional.

Victor Fernandes esclareceu que esses agregadore­s logísticos são entidades privadas que vão beneficiar de crédito para adquirirem meios que vão possibilit­ar o escoamento da produção.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou a programaçã­o financeira do Tesouro para o terceiro trimestre

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