Estado gasta por dia até 50 mil kwanzas para estadia e alimentação dos cidadãos
O Estado paga por dia 35 a 50 mil kwanzas para manter um cidadão em quarentena institucional num hotel, para cobrir os custos da estadia e alimentação. A informação foi dada ontem pela ministra da Saúde durante a conferência de imprensa sobre a actualização dos dados da Covid-19 no país. Sílvia Lutucuta esclareceu que, além da quarentena institucional assumida pelo Estado, existem outros locais mais caros, onde as pessoas têm liberdade de escolha e assumem as suas despesas, mas a estadia tem de ser num hotel credenciado para o efeito pela Comissão Multissectorial. A ministra esclareceu que a Comissão Multissetorial, antes de fazer a escolha dos locais de quarentena institucional, fez uma avaliação profunda, onde os critérios foram as condições para o tratamento, assistência e acompanhamento dos cidadãos, também olhando para a questão dos preços. “Importa realçar que quando se está em quarentena institucional, não é o mesmo que estar num quarto de hotel em condição normal, porque os critérios do ponto de vista sanitário e de alojamento são levados em conta”, explicou. A ministra esclareceu que o internamento dos casos da Covid-19, nesta altura da circulação comunitária, tem sido em várias unidades sanitárias, porque a porta de entrada dos pacientes é sempre numa unidade pública ou privada, onde eles são rastreados e testados, para depois serem transferidos, caso acusem positivo ao vírus.
Sílvia Lutucuta realçou que muitas vezes os pacientes chegam em estado crítico e têm de ser estabilizados, mesmo que sejam positivos, por isso acabam por morrer em outras unidades sanitárias que não sejam para tratamento da Covid-19. A ministra esclareceu que as distribuições dos testes nas unidades sanitárias têm sido feitas de forma associada, porque a luta é contra um inimigo comum, onde o Serviço Nacional de Saúde e os seus subsistemas têm de trabalhar juntos.
A ministra lembrou que o país já conta com algumas unidades privadas que têm autonomia para a realização dos testes da Covid-19. Antes o processo era apenas feito pelo Instituto de Investigação de Saúde, agora foi expandido para o Hospital Militar, o Instituto Nacional de Luta contra a Sida, as Clínicas Sagrada Esperança, Girassol e Luanda Medical Center.
“A coordenação define que quando uma destas unidades sanitárias não têm testes, as outras apoiam, porque nesta altura o mais importante é diagnosticar cedo e tratar os doentes. Não importa de onde saem os testes, o objectivo é salvar vidas”, disse a ministra da Saúde.