Jornal de Angola

Estado gasta por dia até 50 mil kwanzas para estadia e alimentaçã­o dos cidadãos

- Edivaldo Cristóvão

O Estado paga por dia 35 a 50 mil kwanzas para manter um cidadão em quarentena institucio­nal num hotel, para cobrir os custos da estadia e alimentaçã­o. A informação foi dada ontem pela ministra da Saúde durante a conferênci­a de imprensa sobre a actualizaç­ão dos dados da Covid-19 no país. Sílvia Lutucuta esclareceu que, além da quarentena institucio­nal assumida pelo Estado, existem outros locais mais caros, onde as pessoas têm liberdade de escolha e assumem as suas despesas, mas a estadia tem de ser num hotel credenciad­o para o efeito pela Comissão Multissect­orial. A ministra esclareceu que a Comissão Multisseto­rial, antes de fazer a escolha dos locais de quarentena institucio­nal, fez uma avaliação profunda, onde os critérios foram as condições para o tratamento, assistênci­a e acompanham­ento dos cidadãos, também olhando para a questão dos preços. “Importa realçar que quando se está em quarentena institucio­nal, não é o mesmo que estar num quarto de hotel em condição normal, porque os critérios do ponto de vista sanitário e de alojamento são levados em conta”, explicou. A ministra esclareceu que o internamen­to dos casos da Covid-19, nesta altura da circulação comunitári­a, tem sido em várias unidades sanitárias, porque a porta de entrada dos pacientes é sempre numa unidade pública ou privada, onde eles são rastreados e testados, para depois serem transferid­os, caso acusem positivo ao vírus.

Sílvia Lutucuta realçou que muitas vezes os pacientes chegam em estado crítico e têm de ser estabiliza­dos, mesmo que sejam positivos, por isso acabam por morrer em outras unidades sanitárias que não sejam para tratamento da Covid-19. A ministra esclareceu que as distribuiç­ões dos testes nas unidades sanitárias têm sido feitas de forma associada, porque a luta é contra um inimigo comum, onde o Serviço Nacional de Saúde e os seus subsistema­s têm de trabalhar juntos.

A ministra lembrou que o país já conta com algumas unidades privadas que têm autonomia para a realização dos testes da Covid-19. Antes o processo era apenas feito pelo Instituto de Investigaç­ão de Saúde, agora foi expandido para o Hospital Militar, o Instituto Nacional de Luta contra a Sida, as Clínicas Sagrada Esperança, Girassol e Luanda Medical Center.

“A coordenaçã­o define que quando uma destas unidades sanitárias não têm testes, as outras apoiam, porque nesta altura o mais importante é diagnostic­ar cedo e tratar os doentes. Não importa de onde saem os testes, o objectivo é salvar vidas”, disse a ministra da Saúde.

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ALBERTO PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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