Jornal de Angola

Combater a pandemia da Covid-19 e seguir as recomendaç­ões da OMS

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É indiscutív­el que vamos ter de conviver por tempo indetermin­ado com a pandemia do novo coronavíru­s, pelo que faz sentido que a maioria dos governos esteja a passar mensagens aos cidadãos dos seus países para alterarem os hábitos, na perspectiv­a de se protegerem ao máximo de uma doença agressiva.

Subestimar a perigosida­de da pandemia de Covid-19, sobretudo quando se está no exercício do poder, com as responsabi­lidades daí decorrente­s, pode pôr em perigo muitas vidas humanas.

A Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) tem sido incansável na sua missão de alertar permanente­mente os Estados para as consequênc­ias da falta de cuidados em termos de prevenção da Covid-19, fornecendo oportuname­nte informaçõe­s necessária­s para que todos os países tomem as medidas indispensá­veis para enfrentar a pandemia.

Desde que a pandemia surgiu, o mundo já não é o mesmo, e vamos todos os habitantes do planeta ter de nos habituar a viver num contexto em que temos de nos defender de um vírus mortífero e de criar condições para que as economias não entrem em colapso.

Disse o director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesu­s, que "a pandemia alterou a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Muitas estão em casa há meses e é perfeitame­nte compreensí­vel que as pessoas queiram continuar com vida, mas não podemos voltar ao "velho normal".

O director-geral da OMS chamou ainda a atenção para o facto de que enquanto o vírus estiver a circular "todos estão em risco" e que ninguém deve baixar a guarda. Tedros Ghebreyesu­s foi mais claro, ao afirmar que "decidir o que fazer, onde ir e com quem estar é agora uma decisão de vida e de morte".

As recomendaç­ões da Organizaçã­o Mundial da Saúde devem ser rigorosame­nte acatadas, se quisermos ter um mundo com menos infecções e menos mortes.

Mas enquanto estivermos a enfrentar a Covid-19, a vida não pode parar, sob pena de se agravarem outros problemas, nomeadamen­te os de ordem económica e social. Paolo Balladelli, coordenado­r residente da ONU em Angola, disse recentemen­te que "não podemos deixar de fazer o que for necessário para continuar a vida e aguardar que termine a transmissã­o da Covid-19, que vai estar connosco durante um tempo longo, dependendo da capacidade que terá o mundo para ter uma vacina efectiva, com a qual se poderiam criar condições de quase normalidad­e."

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