Nação rende homenagem a Kundi Paihama
Representantes dos órgãos de soberania e da sociedade civil rendem homenagem, hoje, no Quartel-General do Exército, ao antigo ministro da Defesa Nacional, Kundi Paihama, falecido sexta-feira, por doença.
Em nota, a coordenação das exéquias informa que, em virtude da Covid-19 e em obediência às regras de biossegurança, as entidades serão representadas apenas por uma individualidade.
Em declarações ao Jornal de Angola, Ludmira Paihama, a mais nova de um total de 14 filhos, explicou que, apesar do estado de saúde débil, não foi à clínica em estado de saúde crítico.
“Na segunda-feira passada, depois da higiene pessoal e o pequeno almoço, a minha mãe e eu acompanhamos o papá, na sua viatura, até à porta da Clínica, onde ficou internado até ser declarado óbito na sexta-feira”, disse.
Com lágrimas nos olhos, Ludmira Paihama, que completa 22 anos de idade em Novembro, contou ao Jornal de Angola que recorda o pai como o seu herói, pois, “nem sempre tinha tempo para me buscar no colégio onde estudei por causa do trabalho”. “No entanto, reservava tempo para se informar do meu desempenho escolar, bem como o meu relacionamento com os colegas” explicou.
Nós últimos dias, explicou, o escritório, Casa de Jogos e o seu quarto foram os lugares onde passou mais tempo.
Entre as lições de vida transmitidas pelo pai, consta a disciplina, amor ao próximo, honestidade, distanciar-se dos bens dos outros e empenho na formação académica e profissional. Ludmira Paihama disse não estar muito interessada em seguir a carreira militar tal como o pai, mas gostava de herdar a veia de liderança, que lhe caracterizava na família e nas várias funções que desempenhou.
O deputado do MPLA Leal Monteiro “Ngongo” disse ao Jornal de Angola que, desde muito cedo, já ouvia a fama de Kundi Paihama. “Era uma pessoa muito dinâmica, desde a clandestinidade e desempenhou um papel fundamental na manutenção da estabilidade política e militar do país em toda a sua extensão”.
Para o secretário-geral da Igreja Evangélica Congregacional, revendo André Eurico Cangovi, o malogrado era um “bom cristão”.
Ontem, políticos e religiosos assinaram o livro de condolências aberto na residência do falecido.