A pandemia de Covid-19 e o trabalho de casa dos países subdesenvolvidos
A pandemia de Covid-19 é assunto que não sai tão cedo das agendas políticas dos governos, tal é a sua dimensão, com as consequências que todos nós conhecemos.
Vivemos todos no mundo momentos de grandes dificuldades, causadas por uma crise sanitária, cujo término é difícil de determinar, mesmo havendo a esperança de que uma vacina contra a Covid-19 para imunizar as pessoas venha a surgir, para os mais optimistas, ainda este ano.
Por enquanto vivemos na esperança de que os cientistas de diferentes países venham a produzir rapidamente a vacina, mas a verdade é que, enquanto não tivermos a vacina, cada pais terá de fazer o seu trabalho de casa, traduzido na aplicação rigorosa de medidas de prevenção da pandemia.
O novo coronavírus continua a ser um inimigo invisível a temer em todos os continentes, havendo países que até já admitem novos confinamentos, em virtude de um aumento de casos de infecção com a Covid-19.
Os governos de vários países não querem dar tréguas no que respeita à observância dos cuidados necessários para se evitar o aumento dos casos de infecção, não hesitando em aplicar multas nos casos de incumprimento de medidas destinadas ao combate e prevenção eficientes da Covid-19.
Há países europeus que se estão a preparar para tomarem novas medidas, se isso for necessário, na eventualidade de uma nova vaga de infecções com a Covid-19 no Inverno .
A prevenção é, na verdade, uma forma eficaz de se combater um vírus invisível e extremamente agressivo. Não devemos esperar que o vírus nos ataque e nos encontre desprevenidos. Temos de atacar o vírus por via da prevenção. Esta é a melhor defesa a adoptar, enquanto não houver vacina para imunizar.
Os países subdesenvolvidos têm poucos recursos financeiros para fazer face aos custos decorrentes da organização de um sistema de saúde que possa fazer face a uma pandemia, para a qual ninguém estava preparado. Mas a doença está connosco e dificilmente os países subdesenvolvidos vão poder contar com a solidariedade dos Estados desenvolvidos, que também estão a enfrentar grandes dificuldades económicas.
É tempo de os dirigentes de países subdesenvolvidos encontrarem soluções conjuntas que possam compensar a falta de solidariedade num mundo em que os países mais desenvolvidos têm agora muito mais necessidades por satisfazer do que recursos financeiros para conceder.