Actuação sem favorecimentos
Sobre a sua independência em função das passagens pelo Banco Angolano de Investimentos (BAI) e depois ao BNA, situação que ocorreu por dois momentos, José de Lima Massano disse não acreditar que algum banco ou gestor desconfie de sua isenção no procedimento, enquanto governador do banco central.
Aproveitou o momento para rebater as suspeições de ser detentor de posição accionista no BAI e daí decorrerem vantagens ao respectivo operador ante a concorrência. Disse que a ideia de beneficiar de acções como prémio de desempenho e outros reconhecimentos não se chegou de efectivar.
Quanto ao Banco Sol, ao qual recaem suspeitas de favorecimento próprio sobre ex-gestores, o governador do banco central prometeu agir conforme as leis, podendo daí resultarem punições a instituição ou aos implicados, se provadas as acusações.
Por outro lado, negou favorecimento ou desfavorecimento na liquidação dos bancos BANC, Mais e Postal. Disse apenas que a cada um deles pendiam situações diversas e que a tentativa de intervenção ao primeiro não resultou, enquanto aos outros dois feita a sua avaliação chegou-se a conclusão de que não tinham mesmo condições de continuidade.
Quando questionado sobre o Kwanza Invest, José de Lima Massano disse que não fechou-se o banco porque apresenta ainda condições operacionais. Se o quadro mudar neste ou noutro operador, o BNA promete agir com o mesmo peso e medida como o fez noutros.
Já para o BCI e BPC, ambos de capitais públicos, explicou que o primeiro vai ser privatizado e o segundo intervencionado com a injecção de capitais que se espera vir a dar certo, reconhecendo o falhanço em tentativas anteriores.