Fragilidades nas fronteiras facilitam o fenómeno
A incidência
de casos de tráfico de seres humanos no país tem sido influenciado pelo fraco controlo das zonas fronteiriças, afirmou, ontem, no Luena, o vice-governador do Moxico para o Sector Político e Social.
Victor da Silva fez a afirmação na abertura de um seminário destinado a saudar o 30 de Julho, Dia Internacional de Luta contra o Tráfico de Seres Humanos.
Ao referir-se às causas que facilitam o tráfico de seres humanos, Victor da Silva apontou, ainda, a falta do registo de nascimento de muitas crianças, incumprimento de normas na movimentação de menores, a pobreza, desemprego, exclusão social e económica.
O vice-governador sublinhou que tráfico de seres humanos tem um impacto negativo sobre as pessoas, por afectar a dignidade e o exercício da liberdade, criando estigmas e traumas psicológicas às vítimas.
Victor Silva apelou as instituições públicas e privadas a trabalharem no combate a este mal, c om actos de denúncias e penalizações aos autores.
Acções para a prevenção
O dirigente defendeu, também, oreforçodasacçõesdecapacitação sobre a prevenção do tráfico das pessoas nas comunidades.
O grande passo nesta matéria, segundo o governante, é a aprovação do Plano Nacional que visa prevenir e combater o tráfico de seres humanos que prevê aprofundar os mecanismos de articulação entre as instituições, promover uma intervenção mais eficaz no apoio às vítimas e assegurar os direitos.
Para o vice-governador para o Sector Político e Social do Moxico, o combate ao tráfico de seres humano não se resume em punir os traficantes, mas impor desafios às instituições através de uma intervenção descentralizada na identificação de mecanismo de apoios às vítimas.