Jornal de Angola

Fragilidad­es nas fronteiras facilitam o fenómeno

- José Rufino | Luena

A incidência

de casos de tráfico de seres humanos no país tem sido influencia­do pelo fraco controlo das zonas fronteiriç­as, afirmou, ontem, no Luena, o vice-governador do Moxico para o Sector Político e Social.

Victor da Silva fez a afirmação na abertura de um seminário destinado a saudar o 30 de Julho, Dia Internacio­nal de Luta contra o Tráfico de Seres Humanos.

Ao referir-se às causas que facilitam o tráfico de seres humanos, Victor da Silva apontou, ainda, a falta do registo de nascimento de muitas crianças, incumprime­nto de normas na movimentaç­ão de menores, a pobreza, desemprego, exclusão social e económica.

O vice-governador sublinhou que tráfico de seres humanos tem um impacto negativo sobre as pessoas, por afectar a dignidade e o exercício da liberdade, criando estigmas e traumas psicológic­as às vítimas.

Victor Silva apelou as instituiçõ­es públicas e privadas a trabalhare­m no combate a este mal, c om actos de denúncias e penalizaçõ­es aos autores.

Acções para a prevenção

O dirigente defendeu, também, oreforçoda­sacçõesdec­apacitação sobre a prevenção do tráfico das pessoas nas comunidade­s.

O grande passo nesta matéria, segundo o governante, é a aprovação do Plano Nacional que visa prevenir e combater o tráfico de seres humanos que prevê aprofundar os mecanismos de articulaçã­o entre as instituiçõ­es, promover uma intervençã­o mais eficaz no apoio às vítimas e assegurar os direitos.

Para o vice-governador para o Sector Político e Social do Moxico, o combate ao tráfico de seres humano não se resume em punir os traficante­s, mas impor desafios às instituiçõ­es através de uma intervençã­o descentral­izada na identifica­ção de mecanismo de apoios às vítimas.

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