Marinha chinesa faz exercício militar “de alta intensidade”
A República Popular da China anunciou, ontem, o início de exercícios aéreos de “alta intensidade” no Mar do Sul da China, após criticar a passagem de dois porta-aviões norte-americanos na zona.
A aviação naval da República Popular da China lançou exercícios “de alta intensidade” com o envolvimento de bombardeiros H-6G, H6J e outros aparelhos militares no Mar do Sul da China, indicou Ren Guoqiang, portavoz do Ministério da Defesa.
“Os aparelhos efectuaram aterragens e descolagens diurnas e nocturnas, raides de longa distância e atacaram alvos marítimos. Os objectivos foram alcançados”, sublinhou o responsável durante a conferência de imprensa mensal que se realizou através da Internet.
O local exacto das manobras não foi especificado, tendo o porta-voz do Governo chinês sublinhado que o exercício serviu também para aperfeiçoar o nível “técnico e táctico” dos pilotos assim como a “capacidade de combate das tropas”.
Pequim reivindica, evocando “razões históricas”, quase a totalidade das ilhotas e recifes daquela região marítima (Mar do Sul da China) disputados por vários Estados.
Os territórios são controlados, cada um, pela Malásia,
Vietname, Filipinas e Brunei. No início do mês, dois portaaviões dos Estados Unidos navegaram na mesma zona, numa rota pouco habitual para a Marinha de Guerra norte-americana. O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo disse, em Julho que as pretensões de Pequim na zona são “ilegais”.
“O mundo não vai permitir que Pequim trate o Mar do Sul da China como um império marítimo”, disse Pompeo.
“Os Estados Unidos consideram-se um árbitro naquela região, mas não fazem mais do que sabotar a paz”, replicou, ontem, o porta-voz chinês, Ren Guoqiang.