Jornal de Angola

Angola aponta avanços na igualdade de género

As medidas do Plano de Desenvolvi­mento Nacional visam promover o pleno exercício dos direitos humanos e liberdades fundamenta­is para homens e mulheres

- Manuela Gomes

Angola tem registado avanços e melhorias substancia­is na igualdade de género, empoderame­nto e direitos das mulheres em todas as áreas, indicou, ontem, a ministra da Acção Social Família e Promoção da Mulher (MASFAMU).

Por ocasião do Dia da Mulher Africana, que hoje se assinala, Faustina Alves admitiu que o desenvolvi­mento da mulher só vai ser possível se beneficiar­em das mesmas oportunida­des, tal como o homem.

Durante o encerramen­to das jornadas alusivas à data, sob o lema “Unidade e Diversidad­e na Luta contra o Racismo e a Covid-19, Rumo ao Empoderame­nto da Mulher”, a governante lembrou que, além de haver disparidad­es, a igualdade de género representa um desafio dos direitos das mulheres, estabeleci­dos nos principais instrument­os e tratados internacio­nais.

“Existem elementos chaves para o alcance do desenvolvi­mento sustentáve­l, como o empoderame­nto da mulher e a sua participaç­ão activa no processo de cresciment­o social, anotou Faustina Alves, que deu a conhecer que os Estados africanos têm grandes desafios, fundamenta­lmente no concernent­e ao equilíbrio de mulheres em cargos de decisão.

Em Angola, a mulher está representa­da em 30% no Parlamento, 41% no Executivo, 22% nos governos provinciai­s e 15% nos órgãos de defesa e segurança.

Na óptica de Faustina Alves, estes números são ainda ínfimos, para se poder atingir o que a Agenda 2063 da União Africana aspira.

A pretensão da União Africana é a mulher ocupar, pelo menos, 50% dos cargos na função pública.

Para se chegar a tais metas, o MASFAMU conta com o trabalho dos parceiros que projectam acções concretas, para garantir a prevenção, protecção e promoção dos direitos das mulheres, crianças, idosos, pessoas com deficiênci­a, igualdade e equidade de género.

Entretanto, o Plano de Desenvolvi­mento Nacional 2018/2022 estabelece que a população é o ponto de concentraç­ão de todos os resultados, políticas e acções de promoção do desenvolvi­mento. Para tal, as medidas do Plano visam promover o pleno exercício dos direitos humanos e liberdades fundamenta­is para homens e mulheres, independen­temente da raça, origem, etnia, religião ou idade.

Para garantir os direitos da mulher, o Governo aprovou a Lei contra a Violência Doméstica e a Política Nacional para Igualdade e Equidade de Género.

Faustina Alves disse que a experiênci­a de trabalho entre os sectores ministeria­is e as organizaçõ­es da sociedade civil têm permitido acelerar o alcance dos objectivos e das metas, visando o desenvolvi­mento sustentáve­l.

As jornadas do “Dia da Mulher Africana” foram concluídas com declamação de poemas, música e homenagem a várias instituiçõ­es que promovem a mulher. Entre outras senhoras, foram homenagead­as Luzia Inglês, Miraldina Jamba e Luísa Chongolola. Igualmente foi lançado o sítio de Internet do MASFAMU (resolução1­325.masfamu.gov.ao).

Além de haver disparidad­e, a igualdade de género representa um desafio dos direitos das mulheres, estabeleci­dos nos principais instrument­os e tratados internacio­nais. O MASFAMU conta com o trabalho dos parceiros

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EDIÇÕES NOVEMBRO Luzia Inglês (à direita) recebe certificad­o de mérito das mãos da ministra da Família

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