Empreendedores encorajados com os incentivos ao crédito
Os empreendedores que se dedicam aos mais variados tipos de negócios em Malanje estão bastante encorajados em aumentar a produção local. Apesar de os apoios financeiros tardarem chegar devido a vários factores conjunturais, mas mesmo assim, não arregaçam as mangas para ajudar o governo a encontrar alternativas para a oferta de mais alimentos para a população.
Em declarações ao Jornal de Angola, o empreendedor do ramo agrícola, José António Semedo “Tuca”, precisou que muitos homens de negócios acabam por contribuir na melhoria de vida nas comunidades, ao cobrir algumas acções que deviam ser intervencionadas pelo Estado.
“Temos vontade de realizar um outro projecto, uma ou outra actividade em paralelo à agricultura, mas temos dificuldades financeiras”, afirmou, para quem, os programas de apoio ao crédito devem ser mais abrangentes. Apesar de a sua empresa beneficiar recentemente de um apoio com a aquisição de equipamentos agrícolas, à margem de um programa levado a cabo pelo Ministério da Agricultura, José Semedo disse que se precisa fazer mais. A sua empresa recebeu uma brigada de 10 tractores que têm estado a auxiliar no desbravamento de terras e a prestação de serviços às comunidades na preparação de terras, concretamente no Lombe (Cacuso) e em Calandula.
Os custos pela preparação de terras vão aumentando fruto dos custos de aquisição de algum consumível, nomeadamente combustível, sobressalentes, filtros e outros componentes.
José Semedo é proprietário da Fazenda Bem-vinda, localizada no sector do Zanga, no município de Cacuso, e na época agrícola finda colheram doze toneladas de cana comercializadas ao longo da Estrada Nacional 230 e em Luanda. Questionado sobre as razões de a Biocom não comprar a cana produzida pelos empreendedores locais, disse desconhecer as razões, apesar de o Executivo considerar uma prioridade a cultura da cana-de-açúcar.
Neste momento, está em curso a preparação de terrenos para a produção de feijão e milho. Na época passada, foram colhidas cinco toneladas por hectar de feijão que foram comercializadas no mercado local e em Luanda.
Com a melhoria das infraestruturas, equipamentos e aquisição de insumos, têm estado a permitir a realização de outros investimentos. O alargamento da área de produção consta dos planos do empreendedor que já vai pensando entrar no segmento da transformação dos produtos.
Empreendedor do Kiwaba -Nzoje
Por sua vez, António Xirimbibe José, proprietário de uma fazenda agrícola localizada no município de Kiwaba -Nzoje, apelou ao governo para a necessidade de apoios em meios de mecanização e imputes agrícolas para o aumento da produção em mandioca e plantas hortícolas em grande escala, de forma a contribuir para a diversificação da economia nacional, em particular da província.