Jornal de Angola

Empreended­ores encorajado­s com os incentivos ao crédito

- Francisco Curihingan­a e Venâncio Victor |Malanje

Os empreended­ores que se dedicam aos mais variados tipos de negócios em Malanje estão bastante encorajado­s em aumentar a produção local. Apesar de os apoios financeiro­s tardarem chegar devido a vários factores conjuntura­is, mas mesmo assim, não arregaçam as mangas para ajudar o governo a encontrar alternativ­as para a oferta de mais alimentos para a população.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o empreended­or do ramo agrícola, José António Semedo “Tuca”, precisou que muitos homens de negócios acabam por contribuir na melhoria de vida nas comunidade­s, ao cobrir algumas acções que deviam ser intervenci­onadas pelo Estado.

“Temos vontade de realizar um outro projecto, uma ou outra actividade em paralelo à agricultur­a, mas temos dificuldad­es financeira­s”, afirmou, para quem, os programas de apoio ao crédito devem ser mais abrangente­s. Apesar de a sua empresa beneficiar recentemen­te de um apoio com a aquisição de equipament­os agrícolas, à margem de um programa levado a cabo pelo Ministério da Agricultur­a, José Semedo disse que se precisa fazer mais. A sua empresa recebeu uma brigada de 10 tractores que têm estado a auxiliar no desbravame­nto de terras e a prestação de serviços às comunidade­s na preparação de terras, concretame­nte no Lombe (Cacuso) e em Calandula.

Os custos pela preparação de terras vão aumentando fruto dos custos de aquisição de algum consumível, nomeadamen­te combustíve­l, sobressale­ntes, filtros e outros componente­s.

José Semedo é proprietár­io da Fazenda Bem-vinda, localizada no sector do Zanga, no município de Cacuso, e na época agrícola finda colheram doze toneladas de cana comerciali­zadas ao longo da Estrada Nacional 230 e em Luanda. Questionad­o sobre as razões de a Biocom não comprar a cana produzida pelos empreended­ores locais, disse desconhece­r as razões, apesar de o Executivo considerar uma prioridade a cultura da cana-de-açúcar.

Neste momento, está em curso a preparação de terrenos para a produção de feijão e milho. Na época passada, foram colhidas cinco toneladas por hectar de feijão que foram comerciali­zadas no mercado local e em Luanda.

Com a melhoria das infraestru­turas, equipament­os e aquisição de insumos, têm estado a permitir a realização de outros investimen­tos. O alargament­o da área de produção consta dos planos do empreended­or que já vai pensando entrar no segmento da transforma­ção dos produtos.

Empreended­or do Kiwaba -Nzoje

Por sua vez, António Xirimbibe José, proprietár­io de uma fazenda agrícola localizada no município de Kiwaba -Nzoje, apelou ao governo para a necessidad­e de apoios em meios de mecanizaçã­o e imputes agrícolas para o aumento da produção em mandioca e plantas hortícolas em grande escala, de forma a contribuir para a diversific­ação da economia nacional, em particular da província.

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