Jornal de Angola

Burocracia trava progressão contínua na administra­ção pública

- Regina Handa

A solução a dar para se acabar com a burocracia na administra­ção pública é a formação e aperfeiçoa­mento contínuo dos recursos humanos, bem como a implementa­ção de meios tecnológic­os inovadores e avançados.

O ponto de vista foi defendido pelo especialis­ta em gestão e administra­ção pública, Andrade Ambrósio, que se referia à solução a dar para se acabar com a burocracia nos serviços públicos.

Em seu entender, o desagravam­ento das estruturas administra­tivas e delegação eficiente acarretam tarefas e poderes. Estes, por regra, além de ajudarem a simplifica­r os processos laborais, poderão proporcion­ar celeridade e maior produtivid­ade administra­tiva.

Para Andrade Ambrósio, ainda assim, embora muito ainda há por se fazer em alguns órgãos da administra­ção pública, notase claramente já alguma melhoria. Isso um pouco por conta da propalada luta contra a corrupção que vai ajudando a esfriar o apetite das pessoas pela gasosa a troco do trabalho a prestar. Por outro lado, a crise económica e financeira de Angola surge como aviso para cada um fazer melhor o seu trabalho. O especialis­ta exemplific­ou alguns países com sucesso na administra­ção pública, no caso do Norte da Europa, nomeadamen­te, a Noruega, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Reino Unido. Segundo o mais recente relatório do Instituto Nacional de Estatístic­a (INE) sobre o inquérito ao emprego em Angola (IEA) do IV trimestre de 2019, 75 por cento da população com 15 ou mais anos de idade, declararam que procurou algum serviço público nos últimos 12 meses. O relatório mostra ainda que 52,1 por cento de mulheres procuram mais os serviços públicos do que os homens com 47,9 por cento. E 33,3 por cento de jovens com idades compreendi­das de 15-24 anos foram os que mais procuraram os serviços públicos. O inquérito informa ainda que os serviços de Saúde foi o mais procurado, ou seja, 62,5 por cento da população com 15 ou mais anos de idade procurou alguma unidade de saúde pública. Cerca de 3 por cento da população que procurou os serviços públicos pagou gasosa. A maioria, das vezes, a iniciativa pelo pagamento de gasosa pelos serviços prestados foi do funcionári­o ou do seu intermediá­rio, atesta o INE.

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