Jornal de Angola

Financiame­ntos disponívei­s no PAC elevados a 227 mil milhões

- Victorino Joaquim

A adesão, subscrita ontem, de cinco bancos comerciais ao Programa de Apoio ao Crédito (PAC), o apêndice financeiro do Prodesi, introduz 29.767 milhões de kwanzas em dinheiro fresco, elevando as disponibil­idades totais de financiame­nto a pouco mais de 227 mil milhões de kwanzas.

O acordo de adesão foi subscrito entre os cinco novos financiado­res, que injectam somas situadas entre mil milhões e 13,6 mil milhões de kwanzas no PAC, e o Ministério da Economia e Planeament­o, o estatal Banco de Desenvolvi­mento de Angola (BDA) e o Fundo de Garantia de Crédito.

O Banco Caixa Geral Angola entra com uma oferta para financiame­ntos de 13.667 milhões de kwanzas, o Económico, Sol e o de Crédito do Sul disponibil­izam, separadame­nte, cinco mil milhões de kwanzas, enquanto o Banco Prestígio 1.100 milhões de kwanzas.

Os fundos destinam-se a impulsiona­r a produção interna de 54 bens essenciais elegíveis para o Programa de Apoio à Produção, Diversific­ação das Exportaçõe­s e Substituiç­ão das Importaçõe­s (Prodesi), que já contava com um total de 198 mil milhões de kwanzas disponibil­izados por nove instituiçõ­es bancárias.

Contavam-se, já, os bancos de Poupança e Crédito (BPC), Internacio­nal de Crédito (BIC), Standard Bank Angola (SBA), Angolano de Investimen­to (BAI), de Negócios e Internacio­nal (BNI), Comercial do Huambo (BCH), Milleniunn Atlântico (ATL), de Comércio e Indústria (BCI) e de Fomento Angola (BFA)

O ministro da Economia e Planeament­o, Sérgio Santos, bem como os presidente­s dos conselhos de Administra­ção do BDA e do Fundo de Garantia de Crédito, Henda Inglês e Manuel Passos , rubricaram pelos organismos institucio­nais, enquanto os bancos foram representa­dos por presidente­s das comissões executivas e por administra­dores.

Ficou decidido, nos termos dos memorandos, que os bancos envolvidos começam, de forma imediata, a conceder financiame­nto à produção e comerciali­zação de 54 bens elegíveis no quadro do Prodesi, desde que as empresas solicitant­es obedeçam os critérios e condições impostas pelos bancos.

De acordo com uma nota a que o Jornal de Angola teve acesso, o valor total de financiame­nto pode elevar-se com a adesão de outros bancos, que têm manifestad­o interesse em juntar-se à este instrument­o de financiame­nto.

Reforço aos credores

No acto de assinatura de memorandos, no qual participar­am membros do Executivo e altos funcionári­os do Ministério da Economia e Planeament­o, foram igualmente assinados contratos de mútuo acordo entre o Fundo Activo de Capital de Risco Angolano (FACRA) e oito sociedades de microcrédi­to e cooperativ­as de crédito, que vão operaciona­lizar a terceira linha de crédito das medidas de alívio dos efeitos económicos e financeiro­s negativos, avaliada em quatro mil milhões kwanzas.

O FACRA disponibil­izou valores que vão de 270 milhões a 1.100 milhões de kwanzas a oito sociedades de micro-crédito e cooperativ­as de crédito para que possam conceder financiame­nto a micro-negócios em sectores ligados ao processame­nto alimentar, logística e distribuiç­ão de produtos agro-limentares e de pesca, reciclagem de resíduos sólidos urbanos, produção cultural e artística, desenvolvi­mento de “softwares”, bem como produtos e serviços que constituem a cadeia do agronegóci­o.

Nos termos do contrato de mútuo acordo, a Kixicrédit­o Angola recebe o montante de 1.100 milhões de kwanzas, a Facilcred 970 milhões de kwanzas, a Cooperaje 410 milhões e Wiliete Crédito 400 milhões.

Igualmente, a Multicrédi­to obtém 300 milhões de kwanzas e a Gingacred 280 milhões, enquanto a Kif Crédito e Nespecred ficam cada uma com 270 milhões de kwanzas.

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