Empresa de Isabel dos Santos deve USD 405 milhões à Unitel
A Unitel informou, ontem, em comunicado, que tem registado em suas contas, com data-base de 31 de Dezembro de 2019, o valor a receber equivalente a 405 milhões de dólares da empresa Unitel International Holdings BV., sociedade na qual não tem participação, e detida pela empresária Isabel dos Santos, referentes a empréstimos concedidos nos anos de 2012 e 2013.
Tais valores, de acordo com o comunicado, “ainda não foram quitados e o actual Conselho de Administração da Unitel tem actuado de forma a buscar o devido pagamento dos juros e principal dos contratos”.
A Unitel esclarece, igualmente, que “inexiste qualquer contrato de suprimentos da accionista Vidatel com a Unitel” e que o Relatório de Gestão e as Contas relativas ao exercício económico de 2019 foram auditados e aprovados em Assembleia Geral realizada no passado dia 27 de Julho.
“A Unitel, S.A. tomou conhecimento através de notícias publicadas no dia 27 de Julho que a Vidatel Ltd. (“Vidatel”), detentora de 25 por cento do capital social da Unitel, alega a existência de uma suposta dívida da Unitel para com a Vidatel contraída em 2016, e que a mesma “está devidamente registada nas contas auditadas da Unitel, certificadas por auditor externo e reconhecidas e aprovadas pela Assembleia Geral dos accionistas durante vários anos”.
A operadora informa que, conforme devidamente registado nas contas aprovadas, “em 31 de Dezembro de 2019 tinha um saldo de dividendos e juros associados a pagar a accionistas no montante total de 622.908 milhões de Kwanzas, dos quais a accionista Vidatel tem a pagar 89.164.341.798. As razões para a não transferência dos referidos dividendos e juros à Vidatel são alheias à Unitel, inclusive considerando as restrições do Despacho Sentença nº 519/19, pelo qual a Unitel está impedida de fazer transferências de dividendos à Vidatel”.
“O actual Conselho de Administração, que iniciou funções em Maio de 2019, tem trabalhado para assegurar que os accionistas sejam tratados de forma igual perante a lei”, esclarece a operadora, sublinhando que tem prestado toda a informação relevante aos seus accionistas nos termos da lei, o que tem permitido a aprovação de contas e o escrupuloso cumprimento das obrigações fiscais e para com os trabalhadores, fornecedores e credores.