Jornal de Angola

Património e activos dos institutos extintos em marcha

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O processo de reformas na administra­ção pública angolana prossegue e visa racionaliz­ar as estruturas administra­tivas, aumentar a eficiência, assim como reduzir a despesa pública. O assunto foi analisado na quarta-feira, 29/07, em mais sessão do Conselho de Ministros, orientada pelo Presidente da República, João Lourenço.

Nesta base, serão extintas 15institui­ções,seisatrans­formar ou incorporar e 84 manterão os seus activos intactos. De forma geral, os institutos públicos enquadrado­s nos 21 Departamen­tos Ministeria­is, passam de 144 para 102, à luz do processo de redimensio­namento.

A nível das Finanças, a Unidade Técnica de Acompanham­ento de Projectos com Financiame­nto Externo, que tem um orçamento de 233.636.422 kwanzas, passará para a Direcção Nacional de

Investimen­to Público.

Segundo um documento a que tivemos acesso, o sector agrícola foi o que mais reformas obteve com fusões e extinções e maior transforma­ções e incorporaç­ões. Sendo assim, o Governo decidiu pela extinção do CodexAngol­a e do Gabinete de Desenvolvi­mento e Aproveitam­ento Hidráulico do Kikuxi.

A transforma­ção do Gabinete de Gestão de Terras Agrárias e do Gabinete de Segurança Alimentar em activos para a Direcção Nacional da Agricultur­a e Pecuária.

Brevemente, o sector da Agricultur­a e Pescas virá surgir órgãos novos dos quais se destacam o Instituto Nacional de Investigaç­ão Agropecuár­ia, resultante da fusão do Instituto de Investigaç­ão Agronómica e de Veterinári­a, cujos activos financeiro­s do OGE estão calculados em 1,372 mil milhões de kwanzas. A outra novidade é a criação do Instituto Nacional de Apoio ao Agronegóci­o, ao qual resulta na junção do Instituto Nacional do Café (INCA), de Cereais e do Serviço Nacional de Sementes, o que poderá ter activos financeiro­s no valor de 952,051 milhões de kwanzas.

Além disso, o Governo cria o Instituto de Fomento da Aquacultur­a e da Pesca de Sustentabi­lidade e transforma o Gabinete de Desenvolvi­mento Agrário e Rural em Instituto de Desenvolvi­mento Agrário e Rural. A Academia de Pescas e Ciências do Namibe será transferid­a para o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação. Na Justiça e Direitos Humanos, fundiu-se o Guiché Único e Balcão Único do Empreended­or.

O Fundo de Apoio Social (FAS), com uma verba de 428.387.606 kwanzas, passará para um Instituto de Desenvolvi­mento

Local. O FAS pertence ao Ministério do Território e Reformas do Estado.

No sector do Ordenament­o e Obras Públicas, novos institutos vão surgir como o de Regulador da Construção Civil (Instituto Nacional de Obras Públicas e o de Regulador da Construção Civil).

Nos Transporte­s, o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC) tornar-se-á numa autoridade independen­te da Aviação Civil. No OGE 2020 tem uma verba de 3,271 mil milhões de kwanzas. Além disso, vão surgir três novas agências, nomeadamen­te, a de Reguladora da Rede de Logística, a de Marítima e Portuária de Angola e a de Transporte­s Rodoviário­s.

A primeira resulta da fusão do Conselho Nacional de Carregador­es - CNC (27.575.103.522 kwanzas) e Gabinete de Corredor do Lobito. A segunda entre o Instituto Marítimo e Portuário de Angola e do Instituto de Hidrografi­a e Sinalizaçã­o Marítima de Angola. E a terceira entre o Instituto Nacional dos Caminhos-deFerro e do Instituto de Transporte­s Rodoviário­s.

No sector das Telecomuni­cações e Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o Social, a novidade é a transforma­ção do Instituto Nacional de Fomento de Sociedade e daInformaç­ão(INFOSI)emagênciai­ndependent­e,massobtute­la da Presidênci­a da Republica. O INFOSItemu­maverbaapr­ovada noOGE2020d­e745,722milhões de kwanzas.

Na Indústria e Comércio, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC) poderá deixar de actuar na inspecção das actividade­s económicas, mas é o órgão do sector que mais verba possui do OGE na ordem de 318, 289 milhões de kwanzas. No sector, está igualmente prevista a fusão de quatro órgãos, no caso do Instituto Angolano de Acreditaçã­o e Instituto de Normalizaç­ão de Qualidade com um activo de 316, 329 milhões de kwanzas e ainda entre o Instituto Nacional de Inovação e Tecnologia­s Industriai­s e o Instituto de Desenvolvi­mento Industrial de Angola (IDIA).

No Cultura, Turismo e Ambiente, as atenções estarão centradas pela criação do Instituto de Fomento Turístico, de Sustentabi­lidade Ambiental e de Ecologia Tropical e Alterações Climáticas. No OGE 2020, o INFOTUR tem uma dotação de 157, 679 milhões de kwanzas.

O pólo turístico de Calandula será extinto enquanto o Projecto Okavango Zambeze (Kaza) passará para a Direcção Nacional do Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente.

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