Cuando Cubango cria condições para regresso de 130 angolanos
Os 130 cidadãos angolanos residem na província do Cuando Cubango e deslocaram-se à Namíbia em busca de tratamento médico, negócios e visitas às famílias que vivem naquele país da África Austral
O Governo do Cuando Cubango está a criar as condições logísticas para o repatriamento, nos próximos dias, de 130 cidadãos nacionais que ficaram retidos na região do Okavango, República da Namíbia, devido à Covid-19.
A informação foi avançada quarta-feira, em Menongue, pelo porta-voz da Comissão Provincial Multissectorial de Prevenção e Combate à Covid-19, Mirco Macai, acrescentando que, além da logística, é necessário criar condições de testagem, alojamento e alimentação.
“O repatriamento de cidadãos nacionais requer custos elevados, na medida em que é necessário criar condições logísticas, de testagem, para saber o estado serológico desses cidadãos, alojamento e alimentação durante os 15 dias de quarentena institucional”, explicou.
Os 130 cidadãos angolanos, explicou, residem na província do Cuando Cubango e deslocaram-se à Namíbia em busca de tratamento médico, negócios e visitas às famílias que vivem naquele país da África Austral.
Mirco Macai acrescentou que, devido o tempo que estão retidos na Namíbia, eles endereçaram uma carta ao Consulado de Angola naquele país, que remeteu o assunto ao Governo do Cuando Cubango, para o regresso , o mais rápido possível, à província, numa altura em que estão sem recursos financeiros para pagar o alojamento e comprar comida.
O porta-voz da Comissão Provincial Multissectorial de Prevenção e Combate à Covid-19 referiu que a falta de recursos financeiros para sobreviver obrigou mais de 50 cidadãos, que se encontravam retidos na Namíbia, a violarem a cerca sanitária nacional, a partir dos municípios do Cuangar, Calai e Dirico.
Mirco Macai acrescentou que muitas pessoas aproveitam o período nocturno, e locais sem efectivos dos órgãos de defesa e segurança, para atravessarem o rio Cubango e regressarem à província.
Informou que as autoridades sanitárias já realizaram, até ao momento, 56 testes rápidos às pessoas que violaram a cerca sanitária de Luanda, dos quais 54 tiveram resultado não reactivo e dois reagiram a IGG, que não constitui infecção pelo novo coronavírus.
Mirco Macai fez saber que, neste momento, 25 cidadãos estão em quarentena, dos quais 22 em institucional e três em regime domiciliar, por terem violado a cerca sanitária de Luanda.