Fórum Cabindês quer revisão do Estatuto Especial
O presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo (FDC), Maurício Amado Nzulú, defendeu, no sábado, em Cabinda, a revisão do Estatuto Especial para Cabinda de 2006, a fim de “superar o quadro persistente de desigualdades sociais e económicas, que gera desesperança e sentimento de exclusão no seio da população”.
Maurício Amado Nzulú, eleito em assembleia, em Janeiro, afirmou que a ideia da revisão do Estatuto Especial de Cabinda, resultante do Memorando de Entendimento assinado a 1 de Agosto de 2006 entre o Governo e o FCD, no Namibe, surgiu de uma consulta pública que a organização realizou em todo o espaço do território de Cabinda. “A direcção do Fórum Cabindês para o Diálogo vai, nos próximos dias, apresentar, ao Governo, a sua nova abordagem, fruto de uma consulta realizada em todo o espaço do território de Cabinda”, reiterou o substituto de António Bento Bembe.
O presidente do FCD, que falava por ocasião do dia 1 de Agosto, data da assinatura do Memorando de Entendimento para Pacificação do Território de Cabinda, disse que a organização é parceira do Governo e não pode ser confundida com uma organização subversiva. Garantiu que continuará a trabalhar de forma fraternal e pacífica, para uma conclusão airosa do processo iniciado em 2006.
Apelou a todos os actores políticos, eclesiásticos e civis de boa vontade a juntaremse ao FCD para reforçar o diálogo com o Governo.
O Estatuto Especial foi aprovado pelo Decreto-Lei nº 1/07, de 2 de Janeiro.