O Estado e a sua aproximação aos problemas das populações
Tem-se trabalhado nos últimos anos no sentido de os serviços do Estado se aproximarem cada vez mais das populações, para a resolução célere dos seus problemas.
Muito já se fez para que os cidadãos pudessem ter acesso rápido a serviços do Estado, em particular àqueles que têm de tratar de documentos importantes como o Bilhete de Identidade ou cédula pessoal, que muita falta fazem a milhares de angolanos.
É verdade que nem tudo ainda anda muito bem em termos de eficiência administrativa em muitos serviços do Estado, mas hoje já não é assim tão difícil tratar um Bilhete de Identidade ou uma cédula pessoal, comparativamente aos anos em que os cidadãos tinham de ir à madrugada a longas filas formadas nos serviços de identificação, muitas vezes sem esperança de poderem resolver o seu problema.
Assiste-se hoje à tendência de muita coisa mudar no nosso país, e uma das áreas em que se sentem melhorias, para bem do cidadão, é a da prestação de serviços nas repartições públicas, para o que tem contribuído o aumento da cultura da reclamação junto das autoridades e a desconcentração de tarefas ao nível da administração do Estado.
A satisfação das necessidades dos cidadãos requer da parte das entidades do Estado conhecimento profundo do que realmente se passa no seio das comunidades. Se houver mecanismos de diálogo regular entre o Estado e os cidadãos, os governantes poderão ter informações necessárias para poderem actuar com maior eficiência, quando tiverem de dar solução aos problemas.
Só conhecendo bem os problemas dos cidadãos se pode trabalhar melhor em prol do bem-estar das pessoas. Os governantes devem estar centrados na resolução dos problemas das pessoas, pelo que devem dispor de informação para poderem tomar decisões correctas e com celeridade.
É preciso que haja a cultura, da parte de quem tem a missão de governar, de ir ao encontro dos problemas, para que os conheça bem e encontre soluções para eles.
Mas há problemas que podem ser resolvidos sem reuniões demoradas. Não se pode aceitar por exemplo que um simples buraco fique meses e até anos em vias rodoviárias sem que ninguém tome uma simples decisão de o mandar tapar. Uma operação de "tapa -buracos" ou de terraplanagem custa muito pouco dinheiro!
Serão necessárias muitas reuniões para se mandar tapar buracos espalhados pelas vias rodoviárias das nossas cidades? Pelas nossas estradas andam, não só os governados, mas também os governantes, e estes podem e devem sem grandes burocracias tomar decisões para superar situações de muito fácil resolução.