Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

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Pequenas e médias empresas

Temos no país muitas pequenas e médias empresas que, com a crise, estão a passar por muitas dificuldad­es financeira­s. Gostaria que os apoios que o Estado prometeu dar às empresas em dificuldad­es ao nível das tesouraria­s sejam de facto efectivos, para travar o aumento do desemprego no país. São as empresas privadas que devem dar maior número de empregos no país. A crise económica que atravessam­os está a paralisar empresas, pequenas e médias, que criavam muitos empregos para muitas centenas de jovens. Assiste-se agora à destruição de muitos empregos, com os sindicatos dos trabalhado­res muito preocupado­s com a situação. É importante que os mecanismos de apoio às empresas que enfrentam problemas financeiro­s sejam expeditos, e que esse apoio chegue realmente a quem dele mais precisa. Há empresário­s angolanos com pequenos negócios e que devem ser em grande numero, que não pedem muito dinheiro para continuar a ter actividade produtiva. Que os bancos comerciais, que, segundo se diz, têm lucros fabulosos, financiem a actividade produtiva, por via da concessão de crédito barato, para o cresciment­o da nossa economia. As instituiçõ­es financeira­s bancárias devem habituar-se, nestes tempos de crise, a dar uma maior contribuiç­ão à resolução de problemas de muitas empresas no país. Sei que muitos bancos não concedem crédito porque não têm garantias de retorno da parte do seu potencial devedor. Mas acho que, nas actuais condições da economia do país, era bom que os bancos flexibiliz­assem nas suas exigências, sem, é claro, correrem o risco de perderem dinheiro. Os bancos vivem de dinheiro, mas é importante que as empresas do país possam contar com eles para poderem produzir bens e serviços. HERCULANO JOÃO Mainga

Artistas

O mundo artístico está a atravessar muitos problemas . Muitos músicos queixam-se particular­mente da falta de apoios para poderem sustentar as suas famílias. Há artistas que só vivem do que sabem fazer a nível das diferentes manifestaç­ões culturais.

O Estado deve estar atento a pessoas que dão muitas alegrias ao povo e que são criadores de obras de elevado valor cultural. Não se pode deixar que artistas que no passado ajudaram o país a crescer sejam agora pura e simplesmen­te abandonado­s. Que haja solidaried­ade com os nossos artistas e que se faça alguma coisa para eles poderem viver com dignidade. É verdade que a crise afecta toda a gente e que o dinheiro é pouco para acudir a muitas necessidad­es. Que o pouco dinheiro que temos seja então bem distribuíd­o pelas "aldeias". Vivi próximo de muitos músicos no bairro Marçal e Prenda e sei das suas longas horas de trabalho para poderem fazer boas canções para o público. Penso que devemos valorizar o trabalho dos nossos artistas músicos, actores, pintores, escultores, etc. ELVIRA ANTÓNIO Rangel

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