ENDE na Huíla ensaia modelo de pagamento
A Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) lançou ontem, na cidade do Lubango, província da Huíla, uma nova modalidade de pagamento de consumo de energia eléctrica, numa parceria com o Banco de Poupança e Crédito (BPC).
O projecto tecnológico visa facilitar clientes a efectuarem o pagamento do consumo de energia sem sair de casa, nesta fase de pandemia da Covid-19, através de descontos directos nas contas domiciliadas no BPC.
Falando à Angop, a propósito do assunto, o agente da comunicação da ENDE, Wilson Haukelo, afirmou que o novo serviço facilita a vida dos utentes e pode ser acedido mediante autorização que o cliente dá ao banco de descontar o consumo de energia.
Wilson Haukelo indicou que a ENDE na Huíla controla 72 mil clientes, em cinco municípios onde faz a distribuição do produto, nomeadamente Chibia, Matala, Humpata, Quipungo e Lubango. Com o novo modelo, procura-se encurtar a distância no pagamento do serviço.
O responsável avançou que alguns clientes furtam-se ao pagamento do serviço, alegando factores de distância e enchentes, daí que a dívida com os mesmos vai somando dia após dia.
O representante do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Hélder Mucombe, considerou que a operacionalização deste processo será simples, bastando o cliente possuir uma conta corrente na instituição.
O pagamento de energia na Huíla era somente feito nas lojas da ENDE, influenciado, negativamente, pela indisponibilidade do pagamento através de um Multicaixa há mais de seis meses.
Sete mil troncos de árvores do tipo Mussivi, correspondente a 1.668 metros cúbicos, cortados por garimpeiros, foram leiloados no Entreposto de Madeira da cidade de Menongue desde o ano passado, sob a égide do Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) do Cuando Cubango.
O valor arrecadado ainda não foi avançado, mas o chefe de Departamento Provincial do IDF, Domingos Afonso Ndedica, explicou que o depósito do dinheiro arrecadado está a ser feito na Conta Única do Tesouro (CUT). Quatro empresas concorreram ao leilão, entre as quais duas do Cuando Cubango, uma de Luanda e uma outra de Malanje, todas com pagamentos por concluir.
Domingos Afonso Ndedica salientou que os 1.668 metros cúbicos de madeira tinham sido apreendidos durante a campanha florestal de 2016 e 2017, períodos em que muitas empresas e grupos organizados, mesmo sem qualquer tipo de documento, se dedicavam ao corte ilegal de madeira e foram surpreendidas quando se preparavam para a sua comercialização nos diferentes estaleiros instalados em Menongue, Cuchi, Cuangar e Cuíto Cuanavale.
O responsável informou que as quatro empresas concorrentes ao leilão só agora começaram a transportar a madeira, uma vez que a circulação e comercialização de Mussivi tinha sido impedida pelo Decreto Executivo 278/18, de 7 de Agosto, como resultado da exploração desregrada de madeira pelo país.
Domingos Afonso Ndedica lamentou o facto de ainda existir no Cuando Cubango muitas empresas que exploram, de forma ilegal, a madeira enemseimportamcomasconsequências. Sabe-se que muitos destes arriscam suas vidas, porque são aliciados sobretudo por chineses e vietnamitas, identificados como os grandes compradores do produto na província. No Cuando Cubango, empresas e indivíduos que enveredam por essa via têm sido responsabilizadas criminalmente.
Do mesmo modo anunciou, para breve, a realização de novo leilão para a venda de mais de 500 metros cúbicos de madeira do tipo Mussivi, apreendida muito recentemente no município do Cuíto Cuanavale. A detenção desses toros tem sido possível graças a denúncias de populares, porque o IDF vive sérios problemas de falta de fiscais e de meios para fazer face à luta contra o garimpo de madeira.
O IDF no Cuando Cubango conta com apenas 33 fiscais, um número muito irrisório para a cobertura dos cerca de 200 mil quilómetros quadrados da extensão territorial da província. O responsável fez saber que a referida madeira será transportada dos vários pontos em que foram cortados até ao Entreposto de Menongue, onde as empresas interessadas do ramo vão concorrer.
Entreposto de madeira
O governador do Cuando Cubango, Júlio Bessa, orientou o Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) a dar vida ao Entreposto de Madeira de Menongue com a instalação de