Associação aposta em feiras temáticas
A Associação Agro-pecuária, Comercial e Industrial da Huíla (AAPCIL) prevê a realização de exposições sectoriais, em períodos alternados, para atenuar os prejuízos derivados do cancelamento da ExpoHuíla 2020.
Para o efeito, perspectivase o lançamento do projecto já em Dezembro, tendo como foco a valorização da produção agrícola, com realce para as feiras do milho e da batata.
Ao comentar à imprensa sobre a Expo-Huíla, o presidente da AAPCIL, Paulo Gaspar, afirmou ser esta a primeira vez, em 29 anos, que o evento, considerado a maior bolsa de negócios do Sul de Angola, que tradicionalmente ocorre em Agosto, é cancelado.
Paulo Gaspar realçou que apesar das perdas económicas serem inevitáveis, tudo se faz, para que parte da produção da província seja divulgada, para atrair compradores e investidores.
O responsável avançou que a não realização da ExpoHuíla representa uma perda não só para a província, mas também para a Região Sul, indicou, é a segunda maior bolsa de negócios do país, depois da Filda, em Luanda.
Avançou que esta fase de pandemia deve ser vista como uma oportunidade para desenvolver-se actividades turísticas e económicas, para mitigar os efeitos no sector empresarial. “Devíamos, por exemplo, optar por visitas guiadas aos centros turísticos que são sempre aprazíveis, como uma forma de aproveitar os 30 dias de Festas da Nossa Senhora do Monte”, aludiu.
A Expo-Huíla é, desde 1991, uma feira anual e integra o programa das Festas da Nossa Senhora do Monte, promovendo a produção nacional e este ano previa a criação de 1.500 empregos indirectos durante o evento.
A edição de 2019 contou com 250 expositores, mais 90 do que na edição anterior, entre os quais angolanos, portugueses, namibianos, chineses e polacos.