Maputo realiza inquérito para travar propagação
O Ministério daSaúdedeMoçambique lançou ontem, em Maputo, uminquéritosero-epidemiológico para apurar o nível de exposição da população da capital à Covid19 e travar a propagação da doença,anunciouoInstitutoNacional da Saúde (INS).
O director-adjunto do INS, EduardoSamoGudo,disseàemissora pública Rádio Moçambique (RM) que 11 mil pessoas dos bairros, unidades de saúde, mercados e paragens de autocarros de Maputo serão sujeitas a testes rápidos de exposição à Covid-19, durante o inquérito.
O teste do inquérito indica se a pessoa esteve exposta ou não ao novo coronavírus ou se esteve infectada nos últimos sete dias, mas não diz se está com Covid19 no momento da realização do diagnóstico, explicou Eduardo Samo Gudo. A análise é feita com base numa colecta de sangue da ponta do dedo e fornece o resultado em 15 minutos.
Odirector-adjuntodoINSavançou que serão testados profissionais da Saúde, agentes da Polícia, membrosdeagregadosfamiliares, vendedores de mercados formais einformais,transportadoresrodoviários de passageiros e funcionários do Aeroporto e do Porto de Maputo.
Os resultados do inquérito vão permitir o seccionamento de acções de prevenção para os grupos mais afectados pelo novo coronavírus visando travar a propagação da pandemia na capital do país, assinalou Eduardo Samo Gudo. O responsável destacou a redução da positividade de Covid19 na cidade de Nampula, norte do país, após a realização do inquérito, como a grande vantagem do inquérito.
“No dia do lançamento do inquérito na cidade de Nampula, em Junho, a taxa de positividade era de 12 por cento, mas nas últimas semanas tem estado entre quatro e cinco por cento, frisou o director adjunto do INS.
EduardoSamoGudosalientou que a capital do país regista neste momento o maior número de casos de Covid-19 e avança para a transmissão comunitária, o que justifica a realização do inquérito sero-epidemiológico.
O primeiro inquérito foi realizado na cidade de Nampula, o primeiro local de transmissão comunitária do novo coronavírus em Moçambique, seguindo-se a cidade de Pemba, também no Norte. A operação será realizada noutros pontos do país, em função do aumento de casos e do potencial de passagem da transmissão por focos para transmissão comunitária, adiantou o diretor-adjunto do INS.
A cidade de Maputo lidera com 306 casos o número de casos activos do novo coronavírus em Moçambique, seguido da província de Cabo Delgado, com 306, e da província de Nampula, 264 pessoas infectadas.