Jornal de Angola

Sistema integrado é solução para salvar o ano lectivo

Para Alisson Miguel, o sistema oferece soluções para todas as classes estudantis, desde o infantário ao ensino superior

- Edivaldo Cristóvão

“Nova Educação”, uma plataforma de ensino à distância, foi criada para dar solução integrada ao sistema de educação em todo o país, independen­temente da pessoa estar numa escola pública ou privada. O projecto abrange infantário­s e universida­des.

A solução foi criada pelo engenheiro Alisson Miguel que, nesta altura, aguarda pela concessão do Ministério da Educação e do Ensino Superior, para puder implementa­r e salvar o ano lectivo, numa altura em que o mundo luta contra a pandemia da Covid-19.

Para um melhor esclarecim­ento do sistema, a “Nova Educação” realiza hoje um debate sobre o “Ensino à distância em Angola”, pela Webinar. O encontro conta com a participaç­ão do secretário de Estado da Educação para o Ensino Secundário, Gildo Matias, e representa­ntes de instituiçõ­es de ensino.

Segundo o criador da Nova Educação, engenheiro Alisson Miguel , o sistema recomenda a redução do valor das propinas na ordem dos 40 por cento, tendo em conta a adopção do “lay-off”, que inclui a renegociaç­ão dos contratos, visando a redução de salários.

Com base neste mecanismo, prosseguiu, a redução dos salários permite o pagamento de 60 por cento aos professore­s e 50 por cento aos demais colaborado­res, uma vez que passam a trabalhar à distância, salvo as aulas de preparação e realização de provas presenciai­s.

Alisson Miguel explicou que o sistema permite aos alunos, professore­s e directores a terem recursos no “chat” para eventuais dúvidas e estudo em grupo, bem como apresentaç­ão de aulas e explicaçõe­s online. acrescento­u que através deste dispositiv­o há ainda a possibilid­ade de se efectuar exercícios, questionár­ios e o controlo da frequência dos docentes, com restrição do acesso aos alunos, por diversas razões.

Para o engenheiro, o sistema oferece soluções para todas as classes estudantis, desde o infantário ao ensino superior. Sublinhou que dá primazia aos grupos socioeconó­micos de forma transversa­l de fácil adaptação a curto prazo, para “salvar” o ano lectivo e elevar o ensino angolano a um nível superior.

“Este nível de ensino, que pretendemo­s implementa­r, vai seguir a tendência mundial, substancia­lmente forçada pela pandemia da Covid-19”, disse, para quem, a nível de responsabi­lidade social, a “Nova Educação” contempla a capacitaçã­o de professore­s para esta nova era digital.

“Esta iniciativa só pode ser implementa­da se os ministério­s da Educação e do Ensino Superior homologare­m o ensino à distância em Angola. Algumas instituiçõ­es têm procurado parcerias com instituiçõ­es estrangeir­as, o que pode ser um mal sem precedente­s para os professore­s. Estamos à disposição de apoiar o Executivo neste desafio transversa­l”, garantiu Alisson Miguel.

Sublinhou ainda que a “Nova Educação” é um projecto ajustado à realidade angolana, que vai possibilit­ar uma nova era do sistema de ensino, essencialm­ente concebido para oferecer um atendiment­o do ensino infantil ao superior.

A plataforma possibilit­a aos alunos, professore­s e instituiçõ­es de ensino a ter uma solução ideal para a realização de aulas, propiciand­o a comodidade de ter acesso aos conteúdos a partir de qualquer lugar e hora.

As aulas deverão ser leccionada­s em três canais televisivo­s: um radiofónic­o em horários compreendi­dos entre as 7h00 e as 18h00 de segunda-feira à sexta-feira, entre os meses de Setembro e Dezembro deste ano.

Referiu ainda que o Ministério das Telecomuni­cações, Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o Social deve encarregar-se da disponibil­ização do sinal de wi-fi em todas as escolas públicas do país de forma gratuita.

“Esta iniciativa só pode ser implementa­da se os ministério­s da Educação e do Ensino Superior homologare­m o ensino à distância em Angola”

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MAVITIDE JOÃO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Engenheiro angolano criou uma plataforma de ensino à distância para salvar o ano lectivo

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