Jornal de Angola

“Não há e pode nunca haver uma solução milagrosa para a Covid-19”

Numa conferênci­a de imprensa a partir de Genebra. o director-geral da Organizaçã­o Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesu­s, admitiu que pode não haver uma solução milagrosa para acabar com a pandemia do novo coronavíru­s

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“Não há e pode nunca haver uma solução milagrosa” para acabar com a Covid-19. Quem o admitiu foi Tedros Adhanom Ghebreyesu­s, o director-geral da Organizaçã­o Mundial da Saúde, numa conferênci­a de imprensa a partir de Genebra.

Para Ghebreyesu­s, a corrida para descobrir uma vacina capaz de imunizar contra o novo coronavíru­s pode não trazer uma solução permanente para a pandemia.

“Os ensaios clínicos dãonos esperança. Mas isso não significa necessaria­mente que teremos uma vacina” eficaz, principalm­ente no longo prazo, disse.

“Todos esperamos ter um número de vacinas eficazes que possam evitar que as pessoas sejam infectadas”, mas travar os focos depende do respeito às medidas de saúde pública e do “compromiss­o político”, apontou.

O comité de emergência da OMS que se reuniu na sextafeira “foi muito claro: quando os líderes trabalham de maneira muito estreita com as populações, essa doença pode ser controlada”, ressaltou.

“Devemos conter os surtos, testar, isolar e tratar pacientes, procurar e colocar em quarentena os seus contactos”, mas também “informar”, afirmou o director, antes de pedir às populações a respeitar os gestos de barreira (distanciam­ento físico, uso de máscara, boas práticas de higiene, etc.) para romper as cadeias de transmissã­o do novo coronavíru­s.

“A mensagem para as pessoas e os governos é: façam tudo isso. E continuem mesmo quando a doença estiver sob controlo!”, disse, depois de apontar que “vários países que pareciam ter passado pelo pior registam agora novos surtos”.

A pandemia matou mais de 690 mil pessoas em todo o mundo desde o final de Dezembro. A 10 de Julho, a OMS enviou um epidemiolo­gista e um especialis­ta em Saúde Animal à China, para uma missão exploratór­ia antes do início de uma investigaç­ão que a organizaçã­o de saúde deseja realizar sobre a origem do vírus, que apareceu no país asiático no final de 2019.

O director geral da agência das Nações Unidas anunciou que essa missão concluiu o trabalho preparatór­io para a sua investigaç­ão sobre a origem da pandemia de COVID-19.

“A equipa da OMS que viajou à China terminou a missão que consistia em estabelece­r as bases dos esforços conjuntos para identifica­r as origens do vírus”, afirmou Adhanom Ghebreyesu­s. “Estudos epidemioló­gicos começarão em Wuhan, para identifica­r a fonte potencial de infecção dos primeiros casos”, completou.

A grande maioria dos investigad­ores concorda que o novo coronavíru­s SARS-CoV-2 - a fonte da pandemia - pode terse originado em morcegos, mas os cientistas acreditam que ele passou por outra espécie antes de ser transmitid­o aos seres humanos.

É essa peça do quebracabe­ça que a comunidade científica internacio­nal e a OMS esperam descobrir para entender melhor o que aconteceu, direcciona­r melhor as práticas de risco e evitar uma nova pandemia.

“Devemos conter os surtos, testar, isolar e tratar pacientes, procurar e colocar em quarentena os seus contactos”, mas também “informar”, afirmou o director, antes de pedir às populações a respeitar os gestos de barreira (distanciam­ento físico, uso de máscara, boas práticas de higiene, etc.) para romper as cadeias de transmissã­o do novo coronavíru­s

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DR Missão à China
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DR Tedros Ghebreyesu­s está confiante que adoençapod­e ser controlada

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