Jornal de Angola

“Malfeitore­s pagam portagem e seguem para Cuanza-Sul ou Benguela”

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Segundo o porta-voz do SIC, superinten­dente Fernando de Carvalho, muitos cidadãos estrangeir­os estão por detrás destes roubos, sendo eles os mandantes. “Eles mandam roubar as viaturas e compram a preços que variam entre um milhão a três milhões de kwanzas, fundamenta­lmente nigerianos e guineenses, muitos deles sem cadastro no SIC”, explicou.

O oficial superior disse que nas últimas semanas o número de roubo de viaturas aumenta significat­ivamente, mas informa que o SIC tem trabalhado no sentido de esclarecer todos os crimes, incluindo os desta natureza. Acrescento­u que muitas viaturas roubadas, em Luanda, são levadas para outras províncias do país pelos próprios marginais, para efeitos de comerciali­zação.

“Os malfeitore­s pagam uma portagem e seguem directamen­te para Benguela ou Cuanza-Sul, muitas vezes sem serem importunad­os pelos agentes de trânsito. Temos viaturas roubadas em Luanda, mas aparecem no Huambo ou Huíla”, observou.

Na última apresentaç­ão pública, ocorrida na segunda quinzena de Julho, no Comando Provincial de Luanda, o portavoz do SIC explicou que foram apreendida­s um total de 26 viaturas, sendo que muitas delas já tinham sido levadas para Benguela, onde foram recuperada­s. “As viaturas de pequeno porte, como o Hyundai i10, são as mais visadas, por facilitare­m a movimentaç­ão em detrimento de um Jeep. Os meliantes roubam mais turismos, como Elantra ou Accent”, detalhou.

Fernando de Carvalho aconselha o uso de GPS e alarme nas viaturas, visto que os marginais conseguem, num tempo recorde de cinco a dez minutos, abrir as portas e pôr a trabalhar uma viatura ligeira. Relativame­nte ao furto e roubo de placas electrónic­as em Luanda, o porta-voz do SIC adiantou que são muitos os casos de roubo registados diariament­e nas esquadras policiais.

“Na medida em que as pessoas vão aparecendo, as placas são distribuíd­as mediante autorizaçã­o do procurador. Por isso pedimos sempre aos lesados no sentido de virem com um especialis­ta, para aferir a sua placa electrónic­a”, recomenda.

Sobre os procedimen­tos a serem cumpridos, antes da entrega dos veículos recuperado­s, o superinten­dente Fernando de Carvalho esclarece que “o carro deve passar num laboratóri­oparaseafe­rirseorequ­erente éounãoopro­prietáriod­oveículo, e só depois de o magistrado despachar favoravelm­ente é que a viatura é restituída”.

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Fernando de Carvalho, porta-voz do SIC
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