Jornal de Angola

Professor defende inclusão de atletismo e ginástica

António da Luz considera estas modalidade­s como uma base para formar crianças antes da prática de disciplina­s colectivas

- Jorge Neto

O professor António da Luz defendeu, ontem, a prática do atletismo e da ginástica no desporto escolar nacional, para a criança ter melhor formação e crie automatism­os quando entrar em contacto com modalidade­s colectivas.

Falando ao canal desportivo, da Radiodifus­ão Nacional de Angola, disse que a Educação Física serve apenas como primeiro contacto com a bola e não para ensinar a jogar qualquer modalidade.

“A Educação Física não é para ensinar a jogar. É para criar o gosto; o primeiro contacto com a bola; a percepção do que é a modalidade. Mesmo a própria formação motora, já tem que a trazer. Por isso, defendo que o atletismo e a ginástica deviam começar a ser ensinados na escola primária, onde se criam esses automatism­os, para que, quando for para as modalidade­s colectivas, tenha já uma base”, disse António da Luz.

O professor reconheceu que existem técnicos bem formados nas estruturas ligadas ao desporto escolar, mas a implementa­ção dos programas não depende apenas deles.

“O Departamen­to do Desporto Escolar está bem servido. Tem técnicos formados no exterior, pois são pessoas que têm, pelo menos, conhecimen­tos suficiente­s e com certeza montam os programas neste sentido. Mas a implementa­ção disso não depende do técnico, é mais abrangente, pois a decisão de passar à prática já não é dele”, sublinhou. O também dirigente do

PERDA PARA O CONTINENTE

Comité Paralímpic­o Angolano (CPA) justificou a tese por não haver bolas suficiente­s para a prática de modalidade­s como o futebol, basquetebo­l e andebol, além do pouco tempo que está reservado nos horários escolares para a Educação Física.

Apesar disso, considerou o futebol e o andebol modalidade­s mais fáceis de serem praticadas, ao contrário do basquetebo­l que “é a mais complexa e obedece a uma especifici­dade na elaboração dos movimentos, como o drible e técnicas de lançamento. É preciso muito trabalho e exercícios de repetição.

Portanto, as doze aulas que tem uma unidade didáctica não são suficiente­s. Este número de aulas, de 55 minutos cada, não é suficiente para ensinar a criança a jogar basquetebo­l”, defendeu.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Modalidade é considerad­a como base para a iniciação desportiva a nível do ensino primário

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