Professor defende inclusão de atletismo e ginástica
António da Luz considera estas modalidades como uma base para formar crianças antes da prática de disciplinas colectivas
O professor António da Luz defendeu, ontem, a prática do atletismo e da ginástica no desporto escolar nacional, para a criança ter melhor formação e crie automatismos quando entrar em contacto com modalidades colectivas.
Falando ao canal desportivo, da Radiodifusão Nacional de Angola, disse que a Educação Física serve apenas como primeiro contacto com a bola e não para ensinar a jogar qualquer modalidade.
“A Educação Física não é para ensinar a jogar. É para criar o gosto; o primeiro contacto com a bola; a percepção do que é a modalidade. Mesmo a própria formação motora, já tem que a trazer. Por isso, defendo que o atletismo e a ginástica deviam começar a ser ensinados na escola primária, onde se criam esses automatismos, para que, quando for para as modalidades colectivas, tenha já uma base”, disse António da Luz.
O professor reconheceu que existem técnicos bem formados nas estruturas ligadas ao desporto escolar, mas a implementação dos programas não depende apenas deles.
“O Departamento do Desporto Escolar está bem servido. Tem técnicos formados no exterior, pois são pessoas que têm, pelo menos, conhecimentos suficientes e com certeza montam os programas neste sentido. Mas a implementação disso não depende do técnico, é mais abrangente, pois a decisão de passar à prática já não é dele”, sublinhou. O também dirigente do
PERDA PARA O CONTINENTE
Comité Paralímpico Angolano (CPA) justificou a tese por não haver bolas suficientes para a prática de modalidades como o futebol, basquetebol e andebol, além do pouco tempo que está reservado nos horários escolares para a Educação Física.
Apesar disso, considerou o futebol e o andebol modalidades mais fáceis de serem praticadas, ao contrário do basquetebol que “é a mais complexa e obedece a uma especificidade na elaboração dos movimentos, como o drible e técnicas de lançamento. É preciso muito trabalho e exercícios de repetição.
Portanto, as doze aulas que tem uma unidade didáctica não são suficientes. Este número de aulas, de 55 minutos cada, não é suficiente para ensinar a criança a jogar basquetebol”, defendeu.