Jornal de Angola

Os temidos kamikaze

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Além disso, eram muito temidos os kamikaze, jovens pilotos que, com aviões carregados de bombas, lançavam-se sobre os objectivos norte-americanos e Aliados, sobretudo navios, levando consigo as embarcaçõe­s e os seus tripulante­s.

Em japonês, kami significa “deus” e kaze, “vento”, podendo a expressão ser traduzida por “vento divino”. Com o nome oficial de Tokubetsu Kõgekitai (Unidade de Ataque Especial) ou Shinpu Tokubetsu Kõgekitai (Unidade de Ataque Especial Vento Divino), quando pertenciam à marinha, os kamikaze embarcavam nos aviões modelo Mitsubishi A6M Zero, escreviam poesias, ganhavam um brinde de saquê, levavam a bandeira, amarravam uma faixa, o hachimaki, e também usavam um cinto, o sennibari. Carregavam ramos de cerejeira e levavam ainda uma espada e uma pistola para o caso de fracassare­m e se poderem suicidar. Estimase que 2.525 pilotos morreram nesses ataques, causando a morte de sete mil soldados aliados e deixando mais de quatro mil feridos. Os japoneses falavam em 81 navios afundados e 195 danificado­s.

A 15 de Agosto, após declaração de guerra da União Soviética, a 7 de Agosto, o envio de mais de um milhão de soldados para a realização da Manchúria, no noroeste da China, para enfrentar 700 mil homens, na chamada operação Tempestade no Deserto, o Japão acabou por anunciar a sua rendição aos Aliados, o que se tornou formal a 2 de Setembro, com a assinatura pelo Governo japonês do acordo de rendição, o qual pôs fim à II Guerra Mundial.

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