Jornal de Angola

Conservaçã­o marinha tem financiame­nto

Ministério de tutela analisou a criação de um mecanismo intersecto­rial para apoiar a rede das áreas de conservaçã­o

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A primeira área de conservaçã­o marinha do país deve ser criada entre a Baía dos Tigres e a cidade do Tômbwa, na província do Namibe. O financiame­nto é do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento.

O Governo angolano, com o apoio e financiame­nto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento (PNUD), por intermédio do 6º ciclo do Fundo Global para o Ambiente (GEF6), pretende criar um mecanismo intersecto­rial com os sectoresch­aves no desenho do quadro das áreas de conservaçã­o marinha em Angola.

Em perspectiv­a está a criação da primeira área de conservaçã­o marinha do país entre a Baía dos Tigres e a cidade do Tômbwa, na província do Namibe.

Para o efeito, o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente promoveu, ontem, em Luanda, uma abordagem sobre a criação de um mecanismo intersecto­rial para apoiar a nova rede das áreas de conservaçã­o marinha.

A superfície e categoria desta área de conservaçã­o serão determinad­as pelo projecto, que terá a duração de quatro anos e conta com o financiame­nto do Fundo Global para o Ambiente avaliado em 1,7 milhões de dólares.

A ministra da Cultura,

Turismo e Ambiente, Adjany Costa, que falava na abertura do encontro, frisou que o projecto é uma prioridade do Programa de Desenvolvi­mento Nacional (PDN 2018-2022) para melhorar a conservaçã­o e implementa­r políticas e programas para a exploração racional dos recursos marinhos e da orla costeira, bem como incentivar a exploração turística na zona definida como a primeira área de conservaçã­o marinha no país.

Por seu turno, Goetz Schroth, em representa­ção do PNUD, manifestou a disponibil­idade da agência das Nações Unidas em apoiar o projecto em toda a sua plenitude, tendo sempre como foco a conservaçã­o do meio ambiente.

Goetz Schroth apontou os apoios financeiro­s aos projectos internacio­nais sobre a Corrente Fria de Benguela, que envolve Angola, Namíbia e África do Sul, o projecto da Bacia de Okavango (Angola, Namíbia e Botswana) e o da Bacia do Cuvelai (Angola e Namíbia).

A conservaçã­o da biodiversi­dade não diz respeito apenas à biomassa terrestre, mas também aos ecossistem­as marinhos, sobretudo num país como Angola, que tem mais de mil e seiscentos quilómetro­s de costa marítima.

Angola conta, actualment­e, com 14 áreas de conservaçã­o terrestres, correspond­endo aproximada­mente a 13 por cento a do território nacional distribuíd­os por um parque natural regional, nove parques nacionais, duas reservas naturais integrais e duas reservas parciais.

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DR Zona entre a Baía dos Tigres e Tômbwa, no Namibe, é a primeira área de conservaçã­o criada

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