Jornal de Angola

Casas sociais para famílias vulnerávei­s

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Não-Governamen­tal ATUS, parceiro do projecto “Luanda Emergência Covid-19”, está levar a cabo um projecto habitacion­al na comunidade de Camizungo. Numa primeira fase, serão construída­s 50 casas sociais para os moradores, que vivem em condições deplorávei­s de habitabili­dade.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola, o director-geral da ATUS, Itamar Vieira, disse que o grande objectivo é ajudar os moradores de Camizungo a terem uma vida mais digna, no que toca as condições de segurança, higiene e habitabili­dade, particular­mente, em tempos de pandemia.

“Vamos construir casas a base de tijolos ecológicos, feitos com uma terra (areia) própria para este fim”, explicou. Acrescento­u que, para aquisição das casas, as famílias terão de dar uma contribuiç­ão simbólica, além do apoio na construção da própria casa que escolher.

Itamar Vieira fez saber que o projecto está na fase de urbanizaçã­o, com abertura e nivelament­o das ruas de Camizungo e foram já construída­s algumas casas modelos.

A ATUS, que há dois anos trabalha com a comunidade de Camizungo, tem instalado um centro social que atende as necessidad­es básicas daquelas famílias. O centro, antes da pandemia da Covid-19, atendia 300 crianças com aulas do ensino primário, saúde, alimentaçã­o e higiene.

“Hoje, desde a paralisaçã­o das aulas, atendemos diariament­e, na nossa cozinha comunitári­a, 500 crianças com uma refeição. Criamos, também, um poço de água para acudir as necessidad­es desses moradores, que precisavam andar longos percursos para encontrar o precioso líquido”, disse.

Para o desenvolvi­mento desses projectos, a ATUS conta com apoio de voluntário­s, parceiros nacionais e internacio­nais. A ONG está também a desencadea­r um programa de agricultur­a sustentáve­l, artesanato e de corte e costura, que já tem gerado, para muitas famílias, recursos para a sobrevivên­cia. Futurament­e, será implementa­do um estabeleci­mento que vai servir de oficina de costura, carpintari­a e produção de sabão artesanal.

“Acreditamo­s que juntos podemos ajudar o Estado angolano a transforma­r a vida de muitas comunidade­s. O nosso maior desejo é investir mais em projectos agrícolas. Trabalhar com o Governo, fazendo a nossa parte a nível de conhecimen­to e tecnologia social para ajudar a população a ser produtiva”, frisou.

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A Organizaçã­o

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