Cooperativa colhe mulheres camponesas locais
Várias mulheres
associadas à cooperativa Maria Madalena estão a apostar na produção e transformação de vários produtos do campo no âmbito de um projecto de aproveitamento de produtos agropecuários que tendem a combater a fome e a pobreza.
Na cooperativa, elas cultivam a terra, desmatam, semeiam, colhem e vendem os produtos no mercado rural. Elas conseguiram formar grupos constituídos, na sua maioria por pessoas desempregadas, pois são as mais vulneráveis à pobreza. Cultivam alimentos para consumo e o que sobra vai para o mercado.
Benvinda Nalumingo, uma das responsáveis da cooperativa, disse ao Jornal de Angola que a cooperativa Maria Madalena necessita de crédito bancário para aumentar a produção de diversos produtos e para a aquisição de pequenas máquinas transformadoras.
A transformação de produtos do campo é um trabalho novo para as camponesas do Andulo. Começaram a produzir grandes quantidades, dentro do Programa Integrado para o Desenvolvimento Rural de Combate. As camponesas estão a transformar diversas frutas em compotas e geleias.
Na cooperativa também produzem mel e empacotam farinha de milho, bombo, feijão, arroz, trigo, café e soja. Todos estes produtos são cultivados nesta região do Andulo. Por isso, as mulheres que fazem parte da cooperativa já viram as suas vidas melhoradas, mas estão à espera de mais apoios.
Para mitigar os efeitos da pobreza, no mundo rural, elas são estimuladas a cultivar produtos resistentes.
“Na nossa cooperativa, todas temos grande vontade de trabalhar, mas falta o crédito. A agricultura é de subsistência, porque não existem tractores e alfaias agrícolas. O trabalho nas lavras é todo feito à mão. Nós produzimos milho, mandioca , feijão, batata-rena, milho, jinguba e outros produtos em grande quantidade”, afirmou Benvinda Nalumingo.