Aviso dá outra dinâmica as normas de compliance
responsabilidade dos clientes bancários em procurar uma instituição financeira que permita fazer as operações que necessita, documentando a sua ficha,dar às instituições a responsabilidade de recolha, tratamento, análise da documentação e definir a operação a realizar.
“Trata-se de uma questão de compliance e procura reduzir as possibilidades de branqueamento de capitais, através do conhecimento da origem, destino dos capitais e dos agentes envolvidos tendo, desta forma, os processos de operações cambiais de invisíveis correntes o mais documentados possíveis, para evitar falta de documentação, fraudes, erros, ineficiências em nome da transparência das operações e do sistema financeiro”, referiu.
Daniel Sapateiro considera que o tempo fará com que os cidadãos se adaptem a estes novos paradigmas sendo que, a curto prazo, irá criar algum desconforto, principalmente para os cidadãos estrangeiros, para as empresas que têm uma rotina de liquidar os salários e na esperança que o processo seja ágil e em conformidade, os valores possam chegar aos beneficiários nos países de origem em tempo útil (salários de expatriados)
Agora, afirma, os expatriados podem transferir os seus salários com qualquer visto legal que permita trabalhar no país, o que é uma inovação neste Aviso do BNA e, se evite, desta forma, a possível fuga de investimento estrangeiro, a recusa de trabalhadores experientes e qualificados em vir a Angola trabalhar, viver ou mesmo a permanência de trabalhadores qualificados no país.
Por seu turno, para o economista Inocêncio das Neves a medida é absolutamente necessária e justa para conferir maior competividade no mercado de trabalho nacional sobretudo no que diz respeito às compensações auferidas pelos trabalhadores nacionais e trabalhadores estrangeiros. É assim que acontece na grande maioria dos países desenvolvidos e não podia continuar a ser diferente em Angola.