Jornal de Angola

Venda de peixe em alta apesar de alerta das autoridade­s

- António Eugénio

A venda de pescado prosseguiu inabalada ontem, um dia depois de o Instituto Nacional Investigaç­ão Pesqueira e Marinha (INIPM) ter advertido a população para não consumir o peixe que, na quarta-feira, apareceu morto na Baía de Luanda, constatou o Jornal de Angola.

Numa deslocação à Ilha de Luanda, a nossa reportagem deparou-se com vendedores em posse de enormes quantidade­s de peixe a minimizare­m o alcance da advertênci­a.

A estes, juntam-se grupos de peixeiras com bacias carregadas que, como os primeiros, alegam ter adquirido o peixe fora da Ilha de Luanda.

Na quinta-feira, o INIPM anunciou, para a próxima quarta-feira, a divulgação dos resultados de análises recolhidas quando, às 7h30 do dia 5 de Agosto foi notificado pela Polícia Fiscal Marítima da Ilha de Luanda que quantidade­s consideráv­eis de peixe já morto deu à costa ao longo da Baía de Luanda.

Com uma lancha da Polícia, técnicos do Instituto recolheram amostras de peixes e água “para aferir cientifica­mente as causas da mortandade”, afirma o documento, acrescenta­ndo que o INIPM “está no processo da análise das amostras e, de acordo com o protocolo das análises, os resultados só estão disponívei­s na próxima quartafeir­a, dia 12 de Agosto do corrente ano”.

A fonte estabelece uma hipótese provável para o acontecime­nto, alertando que, frequentem­ente, de Maio a Setembro, há uma alta probabilid­ade da ocorrência do florescime­nto de microalgas, muitas das quais podem produzir biotoxinas com impacto para o ecosistema e a saúde humana.

“Apelamos a população a não consumir as espécies mortas e, enquanto não se obtiverem os resultados definitivo­s, as espécies capturadas na Baía de Luanda não devem, ser comerciali­zadas e consumidas”, alerta o comunicado.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Vendedores da Ilha não dão sinais de abrandar o negócio

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