Jornal de Angola

Cuanza-Norte há um mês sem casos da Covid-19

A província está há 30 dias sem testes rápidos da Covid-19, mas, sempre que necessário, são feitas a recolha de amostras para testes de Biologia Molecular no Laboratóri­o do Instituto Nacional de Investigaç­ão em Saúde, em Luanda

- André Brandão | Ndalatando

A província do Cuanza-Norte está há 30 dias sem registar casos positivos da pandemia da Covid-19, garantiu sextafeira, em Ndalatando, a directora do Gabinete Provincial da Saúde, Filomena Wilson.

“Cuanza-Norte deixou de registar novos casos da Covid-19 há um mês, pelo que podemos considerar a região temporaria­mente livre da doença”, disse, referindo que os 17 activos, diagnostic­ados em Maio último, foram todos recuperado­s.

As declaraçõe­s de Filomena Wilson surgem numa altura que a região está, também, há um mês sem realizar testes rápidos da Covid-19 por falta de material. Na ausência dos meios serológico­s, as autoridade­s sanitárias recolhem, sempre que se achar necessário, amostras para os testes de Biologia Molecular no Laboratóri­o do Instituto Nacional de Investigaç­ão em Saúde.

O chefe de Departamen­to Provincial de Saúde Pública, Cruz Manuel, explicou que uma pandemia é controlada, quando os técnicos de saúde têm o domínio da situação da doença, sem registar novos casos positivos num período que varia entre 20 e 30 dias.

Disse que, depois do surgimento dos primeiros casos positivos da pandemia em Ndalatando, os técnicos travaram o alastramen­to da doença para os demais municípios. “Ainda é prematuro declarar que está tudo sobre controlo”, disse o psicólogo clínico.

Cruz Manuel considera iminente o reaparecim­ento de novos casos, pelo facto de Ndalatando estar no trajecto que liga Luanda, epicentro da pandemia, ao Nordeste e Leste do país.

Apesar do aparente controlo da situação, os munícipes de Ndalatando continuam a ignorar as medidas de prevenção, como o distanciam­ento físico, sobretudo, em cerimónias fúnebres, bares, bancos, terminais de pagamento automático­s, mercados, armazéns, lojas e outros. Comportame­nto semelhante verifica-se no serviço de moto-táxi, onde há falta de máscaras e álcool em gel.

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