Jornal de Angola

“Há pessoas que mudaram de casa sem pagar a dívida”

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Egisto dos Santos e Rosa Ismenia dos Santos são proprietár­ios, há três anos, de uma pequena loja, na cidade do Kilamba. O casal fornece aos moradores da urbanizaçã­o e arredores produtos de marcas, como Suave, Ultra, Madar e Linda, entre outras, que são entregues ao domicílio.

Com o início da pandemia, as vendas online aumentaram substancia­lmente, mas a diminuição da procura dos bens habitualme­nte comerciali­zados obrigou-os a optar por vender, em maior quantidade, produtos de higiene, protecção e desinfecta­ntes.

“Tivemos uma baixa nas vendas, na loja, por causa da Covid-19. Adaptamo-nos ao momento actual e tivemos que adquirir e passar a vender desinfecta­ntes, luvas e máscaras cirúrgicas, que não vendíamos antes”, diz Egisto. Além dos produtos citados, a loja fornece aos moradores do Kilamba, Nova Vida, Lar do Patriota, Vereda das Flores e Zangos 0, 1, 2 e 3, fraldas, guardanapo­s, papel higiénico, detergente­s, assim como outros produtos de higiene pessoal e do lar.

Egisto conta que, por falta de condições financeira­s, alguns clientes, geralmente habituais e conhecidos, fazem dívidas que não conseguem pagar no tempo estipulado.

“Há um aumento de clientes que não conseguem pagar no tempo estipulado e outros que, simplesmen­te, mudaram de casa sem pagar a dívida”, fez saber. Apesar dos constrangi­mentos, o casal obtém lucros com a venda da mercadoria a um preço mais acessível que o habitual.

“Somos grossistas. Compramos à Suave e às outras marcas, que nos fazem descontos, e nós vendemos mais barato, de formas a termos velocidade nas vendas. O lucro é pequeno, mas as vendas são rápidas”, explicou Egisto.

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