Muito mais do que o TikTok
A ByteDance é muito mais do que só o TikTok. Em 2016, a empresa converteu-se no maior accionista do serviço de notícias indianos BaBe. Entre outros aplicativos bem-sucedidos, estão o Xigua Video (uma plataforma de vídeos semanais de cinco minutos de duração), o Lark (um serviço de comunicação online) e o Vigo Video (também de vídeos curtos, muito popular entre adolescentes chineses).
A empresa também fabrica telemóveis e trabalha desde 2019 no lançamento do seu próprio smartphone. Nos últimos meses, as acusações de espionagem abalaram, entretanto, a empresa.
O TikTok recolhe uma enorme quantidade de dados sobre os seus usuários, incluindo quais os vídeos são assistidos e comentados, dados de localização, modelo de telefone e sistema operacional usado e até o ritmo de digitação dos usuários ao manusear as teclas.
O TikTok insiste que os dados são recolhidos e armazenados fora da China.
“A insinuação de que estamos de alguma forma sob o controle do Governo chinês é completa e totalmente falsa”, disse Theo Bertram, chefe de políticas públicas da TikTok para a Europa, Oriente Médio e África, à BBC.
Os argumentos contra o TikTok parecem basear-se na possibilidade teórica de o Governo chinês obrigar a ByteDance, de acordo com as leis locais, a entregar dados sobre usuários estrangeiros.
A Lei de Segurança Nacional de 2017 na China obriga qualquer organização ou cidadão a “apoiar, ajudar e cooperar com o trabalho de inteligência do Estado”. Bertram disse que, se o TikTok fosse abordado pelo Governo chinês, “definitivamente recusaríamos qualquer solicitação de dados”.
Enquanto a empresa navega esta crise, há rumores de que investidores americanos podem vir a comprar o TikTok.